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Ministra italiana da Integração nega que pedirá a renúncia do senador Calderoli, após polêmiica

A ministra italiana da Integração, Cecile Kyenge, negou que pedirá a renúncia do senador Roberto Calderoli (partido Liga Norte), o qual a comparou a um orangotango.

"A renúncia não é pedida por mim, pois essa questão não compete a mim. Eu só quero destacar um ponto, que é a reflexão sobre o papel que uma figura pública possui", disse Kyenge, a primeira ministra negra da Itália. O próprio Partido Democrático (PD), por sua vez, emitiu um comunicando pedindo que Calderoli deixe seu cargo. "Agora chega.

Não se pode abrir espaço ao racismo, ao insulto. Não se trata de pedir desculpas ou desmentir piadas", defendeu a nota. Em discurso na cidade de Treviglio, no último sábado, Calderoli, que também é vice-presidente do Senado, disse: "Eu amo animais, ursos e lobos, como todos sabem, mas quando eu vejo fotos de Kyenge, não consigo deixar de pensar em — e não estou dizendo que ela é — um orangotango".

Nesta segunda-feira, em entrevista ao jornal Corriere della Sera, o senador tentou se defender. "Fiz uma premissa no comício sobre meu amor pelos animais. Ali, explicitei um pensamento.

Citar o orangotango era um julgamento estético que não devia ser racista. Deixem-me explicar. Tenho um jeito pessoal que, quando conheço uma pessoa, faço comparações estéticas com animais", afirmou Calderoli. Citando exemplos, o senador contou que, quando vê o primeiro-ministro italiano, Enrico Letta, pensa em uma garça-real. "Com pernas longas, com as patinhas no pântano", disse o senador. 

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