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Alvo de protestos, primeiro-ministro italiano Matteo Renzi quer união sobre trabalho

Alvo de protestos de sindicalistas, o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, lamentou que o campo do trabalho tenha se tornado um terreno para confrontos no país. Além disso, ele fez um apelo para que "uns não fiquem contra os outros".

As declarações foram dadas durante a inauguração de uma fábrica da unidade aeroespacial da Piaggio em Villanova d'Albenga, no norte italiano. "Tudo bem termos ideias diferentes, é justo e bonito debatermos. Mas ai de quem pensar em fazer do mundo do trabalho um campo de guerra", disse.

Renzi afirmou que é preciso parar de achar que a Itália ainda vive no passado e ressaltou que o país está repleto de experiências de excelência capazes de tirar das pessoas o medo e a resignação. "A história se estuda, sim, mas também devemos escrevê-la", acrescentou.

Por outro lado, a secretária da Confederação Geral Italiana do Trabalho (Cgil), Susanna Camusso, acusou o primeiro-ministro de promover os confrontos em relação ao tema e colocou sobre ele a responsabilidade de resolvê-los. "Renzi deve se questionar sobre a linha que propôs, da divisão entre trabalhadores públicos e privados, entre estabilizados e não estabilizados, e de cortar direitos de quem vai trabalhar no futuro", declarou.

O premier tem sido criticado por apresentar uma reforma para flexibilizar a legislação trabalhista. O item mais polêmico da reforma é aquele que abre espaço para mudanças no artigo 18 do Estatuto dos Trabalhadores, que proíbe as demissões sem justa causa nas empresas com mais de 15 funcionários.

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