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Apesar da crise, Silvio Berlusconi descarta antecipar eleições na Itália

O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, descartou convocar eleições antecipadas para reduzir o pânico que atingiu os ativos italianos e obrigou o seu governo a apresentar medidas de austeridade. O governo conservador de Berlusconi se viu debilitado pelos enfrentamentos internos, e a oposição de esquerda pediu que uma administração de tecnocratas restaurasse as finanças do país.

A Itália tem eleições previstas para 2013. Mas Berlusconi rejeitou qualquer sugestão de seguir o mesmo caminho da Espanha, onde o presidente do governo, José Luis Rodríguez Zapatero, antecipou em quatro meses as eleições para 20 de novembro a fim de tentar resolver a crise.

"Isso não foi discutido em absoluto", disse Berlusconi a jornalistas ao ser consultado sobre a opção de antecipar o pleito para 2012, em declarações confirmadas por um porta-voz.

"Essa nunca foi uma opção", afirmou.

Depois que promessas vagas para acelerar as reformas econômicas não conseguiram convencer os mercados, Berlusconi prometeu acelerar suas medidas de austeridade e equilibrar o orçamento para 2013, um ano antes do previsto.

Um plano de austeridade de 48 bilhões de euros aprovado no mês passado foi amplamente criticado por atrasar grande parte dos cortes até depois das eleições previstas para 2013 e por não contribuir para o crescimento.

O principal funcionário econômico da União Europeia elogiou no sábado a decisão da Itália de acelerar as medidas de equilíbrio orçamentário e de reformas econômicas estruturais e disse que agora seria crucial uma implementação rápida dos planos.

"Apoio firmemente esse anúncio e peço às autoridades que as traduzam rapidamente em medidas concretas", afirmou à Reuters o comissário de Assuntos Econômicos e Monetários, Olli Rehn, em entrevista por telefone.

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