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Após pressão, ministro italiano, Maurizio Lupi, anuncia renúncia

O ministro de Infraestrutura e Transportes da Itália, Maurizio Lupi, anunciou nesta sexta-feira (20) sua renúncia ao cargo. Ele passou a ser questionado após escutas telefônicas autorizadas pela Justiça revelarem uma relação bastante próxima de seu filho, Luca, com o empresário Stefano Perotti, preso no início da semana por causa de seu suposto envolvimento em um escândalo de corrupção em obras públicas.

Lupi já tinha antecipado que apresentaria sua carta de renúncia. Ele chegou a se reunir com o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, e com o ministro do Interior, Angelino Alfano. "Sinto-me obrigado a não apagar em três dias tudo que fiz nestes 22 meses de governo", disse Lupi. "Depois de dois anos de investigações, não foi apontado nada contra minha conduta", defendeu-se, em um pronunciamento ao Parlamento do país.

"Vou embora de cabeça erguida, olhando as pessoas nos olhos", acrescentou o ex-ministro. "A somente 72 horas dos fatos, foi tomada uma decisão, em conjunto com o premier e com o presidente da Itália. Em 72 horas, e não em 72 dias", afirmou Lupi.

O esquema de corrupção seria chefiado por Ercole Incalza, chefe do departamento técnico do Ministério dos Transportes exonerado depois da divulgação do caso. Ele também foi preso junto com Perotti.

Embora não exista nenhuma evidência da participação de Lupi nos desvios, a proximidade dele e de sua família com os detidos provocou constrangimentos e pressões da oposição.

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