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Presidente de esquerda da região de Roma deixa o cargo após escândalo

O presidente da região de Roma, Piero Marrazzo, importante figura da oposição de esquerda, anunciou neste sábado que deixa o cargo provisoriamente após um escândalo após a prisão de policiais que teriam tentado chantageá-lo com um vídeo comprometedor.

A imprensa informou na quinta-feira a detenção de policiais suspeitos de tentar extorquir 80.000 euros de Marrazzo, ao afirmar que tinham um vídeo em que este aparece na companhia de um transexual.

O escândalo ocupa as primeiras páginas dos jornais italianos. Marrazzo será substituído pelo vice Esterino Montino.

"Se trata de um caso pessoal, em que aparecem fragilidades inerentes a minha esfera privada", declarou Marrazzo, depois de explicar que a decisão abre caminho para sua renúncia ao cargo de presidente da região.

Marrazzo, 51 anos, ex-jornalista estrela da TV pública e desde 2005 chefe de Governo da segunda maior região italiana, se apresentou inicialmente como vítima de um complô político para derrubá-lo do cargo e, depois de qualificar o vídeo de falso, descartou uma renúncia.

O escândalo explodiu em um momento de fragilidade do Partido Democrata, de esquerda, ao qual pertence Marrazzo.

Também afeta o partido a poucos meses das eleições regionais de março, vitais para a esquerda e para o primeiro-ministro de direita Silvio Berlusconi.

Parte da imprensa destacou a diferença de tratamento dos casos de Berlusconi e de Marrazzo.

O chefe de redação do Il Giornale, Vittorio Feltri, denunciou o silêncio da imprensa de esquerda, em especial do jornal Repubblica, sobre o caso Marrazzo.

"Ao primeiro-ministro Berlusconi pedem a renúncia por frequentar jovens complacentes, e tratam como pobre vítima o governador (regional) surpreso na casa de um transexual", escreveu Feltri.

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