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Itália pede moderação, mas Salvini agradece Trump por ataque no Iraque

A Itália disse que o ataque dos Estados Unidos em Bagdá, no Iraque, e a morte do chefe da Guarda Revolucionária do Irã, Qassem Soleimani, considerado um dos homens mais poderosos de Teerã, são “preocupantes”.

Em um comunicado, o Ministério das Relações Exteriores de Roma pediu “moderação” e “responsabilidade” para evitar tensões no Oriente Médio. “Os últimos eventos da situação no Iraque são muito preocupantes. A Itália lança um forte apelo para que se aja com moderação e responsabilidade, mantendo abertos os canais de diálogo e evitando atos que possam ter graves consequências na região inteira”, ressaltou a nota. “Nenhum esforço deve ser economizado para garantir o fim da escalada de tensão e a estabilidade”, disse a Itália.

De acordo com a Farnesina, “novos surtos de tensão não são interessantes a ninguém e correm o risco de serem terrenos férteis para o terrorismo e o extremismo violento”.

Por outro lado, o ex-ministro e líder do partido nacionalista Liga Norte, Matteo Salvini, elogiou o ataque dos EUA contra o militar iraniano. “Homens e mulheres livres, diante do silêncio dos temerosos da Itália e da União Europeia, deveriam agradecer Trump e a democracia americana por ter eliminado um dos homens mais perigosos do mundo, um terrorista islâmico, inimigo do Ocidente, de Israel, dos direitos e das liberdades”, disse Salvini.

Em entrevista à agência Ansa, o general Vincenzo Camporini, ex-chefe do Estado-Maior da Defesa da Itália (2008-2011), alertou para riscos de exposição de militares do país caso o conflito entre Irã e EUA atinja novo níveis. “Não há dúvidas que, diante dessa ação, o Irã vai reagir. De que modo? Não sabemos, mas está claro que a Itália, com seus milhares de militares no Líbano, 300 na Síria e seus treinadores no Iraque está exposta”, afirmou. (ANSA)

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