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Morre aos 80 anos o ator ítalo-brasileiro Ítalo Rossi

O ator ítalo-brasileiro Ítalo Rossi morreu aos 80 anos, no Rio de Janeiro. Ele estava internado há dois dias no hospital Copa D’Or, em Copacabana, em razão de problemas respiratórios. 

Ítalo Balbo Di Fratti Coppola Rossi, ou apenas Ítalo Rossi (Botucatu, 19 de janeiro de 1931 – Rio de Janeiro, 2 de agosto de 2011) foi um dos grandes atores brasileiros.

Fez participações importantes em novelas como Escrava Isaura, Araponga, Senhora do Destino e Belíssima. Também foi o Rei Minos no episódio "O Minotauro" do Sítio do Picapau Amarelo em 1978. Seu último papel marcante na TV foi no humorístico Toma Lá, Dá Cá (2008), da Rede Globo, onde interpretou Seu Ladir que popularizou o bordão "É mara". 

Consagrado como um dos maiores nomes da história do teatro brasileiro, Ítalo Rossi não morreu trabalhando no palco, seu lugar preferido, mas quase. Ele começaria nesta quarta-feira a dirigir uma nova peça, com Ester Jablonski e jovens atores. Ontem à noite, sua morte foi anunciada pela atriz Débora Duboc ao público que assistia, no Teatro dos Quatro, à estreia de "O homem, a besta e a virtude", cuja única versão anterior no Brasil fora feita em 1962 com Ítalo, Fernanda Montenegro e Sérgio Britto no elenco.

A peça do italiano Luigi Pirandello foi uma das representadas pelo ator numa das grandes fases de sua carreira: os anos em que integrou a companhia Teatro dos Sete, entre 1959 e 1965. A histórica montagem de "O mambembe", de Artur de Azevedo, no Teatro Municipal, foi o marco inicial de um período glorioso em que Ítalo atuou em outros espetáculos importantes, como "Com a pulga atrás da orelha", de Georges Feydeau, e "O beijo no asfalto", de Nelson Rodrigues.

O paulista de Botucatu só fez seu grande lançamento profissional aos 25 anos, com "A casa de chá do luar de agosto", no Teatro Brasileiro de Comédia. Recebeu um prêmio de revelação da Associação Brasileira de Críticos Teatrais.

Nos anos seguintes, voltaria a ganhar papéis (que lhe renderiam prêmios) em "Vestir os nus", de Pirandello, "Um panorama visto da ponte", de Arthur Miller, e outras peças. A consagração em forma de troféus veio nas décadas de 70 e 80, com quatro Molières, então a principal premiação do teatro brasileiro, com as peças "A noite dos campeões" (1975), "Quatro vezes Beckett" (1985), "Encontro com Fernando Pessoa" (1986) e "Encontro de Descartes e Pascal" (1987).

Após trabalhar com Gerald Thomas, voltaria nos anos 90 a se unir a um diretor bem mais jovem, Moacyr Góes, com quem atuou em "Antígona", "Comunicação a uma academia" e "O doente imaginário". Em filmes e novelas, nunca teve o reconhecimento conquistado no teatro, mas fez personagens que caíram no gosto popular, como Ladir Miranda, de "Toma lá, dá cá", da TV Globo.

Em janeiro passado, lançou a biografia "Ítalo Rossi: Isso é tudo". DIGA NÃO AO ABORTO: Guido Clemente, Daniela Albuquerque, Beatrice Ludovico, Padre Juarez de Castro, Fabio Botto Farhan, Henrique Dias e Marta Silva.

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