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Concessão do Prêmio Nobel à União Europeia é ‘brincadeira de mau gosto’; veja repercussão

A concessão do Prêmio Nobel da Paz à União Europeia (UE) nesta sexta-feira foi recebida com ressalvas por críticos do bloco e elogios de membros e aliados. O presidente da República Tcheca, Vaclav Klaus, ironizou a escolha do Comitê Nobel da Noruega. "O presidente não acredita e considera a escolha uma brincadeira de mau gosto", disse o porta-voz presidencial, Radim Ochvat, ao citar a reação do líder tcheco após saber da notícia.

Na Grécia, partidos de esquerda apontam Bruxelas – onde o prêmio é concedido – como uma das responsáveis pela queda do bem-estar e pela perda dos direitos trabalhistas no continente. "A decisão do Comitê do Prêmio Nobel da Paz é uma hipocrisia que ofende os povos europeus em um momento em que são vítimas de uma guerra não declarada a todos os direitos sociais", denunciou em comunicado o Syriza, partido de esquerda que lidera a oposição grega. No mesmo sentido, o Partido Comunista rotulou a concessão do Nobel como "um prêmio à eliminação dos direitos trabalhistas".

Na Polônia, o ex-presidente e Prêmio Nobel da Paz de 1983, Lech Walesa, disse estar "surpreso e desiludido" pelo anúncio desta sexta-feira. "Concordo que a UE tenta mudar a Europa e tornar o mundo mais pacífico, mas se paga por isso", disse Walesa. Segundo ele, os ativistas, por sua parte, lutam a vida inteira só para defender uma ideia.

Já a russa Ludmila Alexéyeva, 85 anos, veterana ativista que concorria ao Nobel da Paz de 2012, criticou a concessão da premiação ao bloco europeu. "Não entendo como um prêmio de paz possa ser concedido à UE, cujos países participaram da Guerra do Iraque, da Guerra do Afeganistão e outros conflitos", disse.

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