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VITTORIO EMANUELLE DI SABOIA: Aos 86 anos, filho do último rei da Itália morre em Genebra

Vittorio Emanuele di Saboia, filho de Umberto II, último rei da Itália, morreu em Genebra, onde a sua família se exilou no pós-guerra, aos 86 anos, anunciou um comunicado emitido pela antiga casa real de Saboia.

“Sua Alteza Real Vittorio Emanuele faleceu pacificamente, rodeado pela sua família”, diz a nota da casa real.

Com 86 anos – ele faria aniversário no próximo dia 12 de fevereiro -, o herdeiro é filho do último monarca do país, Umberto II, que governou apenas um mês em 1946 após a abdicação de seu pai, Vittorio Emanuele III (1900- 1946), monarca que apoiou a ascensão do ditador fascista Benito Mussolini ao poder.

A casa de Saboia governou a Itália desde a unificação em 1861 até 1946, quando os italianos votaram em um referendo institucional em 2 de junho para abolir a monarquia e criar a República.

Insultado por muitos italiano por colaborar com o fascismo antes e durante a Segunda Guerra Mundial e por fugir de Roma em 1943 para evitar o Exército invasor alemão, Umberto II e sua família foram para o exílio na Suíça.

A realeza viveu no exílio até março de 2003, quando foi cancelada a XIII disposição que proibia o retorno dos herdeiros do sexo masculino para a Itália e ele então pôde retornar ao país.

Ao longo dos anos, Vittorio Emanuele acumulou uma série de polêmicas, incluindo escândalos de corrupção e assassinato.

Em 2017, o Supremo Tribunal de Cassação estabeleceu que “o fato de os juízes franceses, em 1991, terem absolvido Vittorio Emanuele di Saboia da acusação de homicídio voluntário do alemão Dirk Hamer, de 19 anos”, não significa, no entanto, “que o ‘príncipe’ estava isento de qualquer responsabilidade, pois ainda assume importância do ponto de vista civil e também ético que aquela morte ocorreu durante um tiroteio em que Saboia participou, fora de qualquer hipótese de legítima defesa”.

No ano passado, esta história também esteve no centro da série “O príncipe que nunca foi rei”, da Netflix, desenvolvida e dirigida por Beatrice Borromeo Casiraghi. A produção, porém, foi alvo de críticas de seu filho, Emanuele Filiberto, que definiu o documentário sobre o assassinato como “uma desculpa para notícias falsas”.

A morte de Vittorio Emanuele ocorre poucos meses depois de, em 2023,ele e sua esposa, Marina Doria, venderem sua mansão nos arredores de Genebra e leiloarem alguns dos objetos mais exclusivos presentes na residência.

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