O papa Bento XVI está aproveitando suas férias de um mês em Castel Gandolfo, em Roma, para terminar a terceira parte de seu livro "Jesus de Nazaré", que tratará sobre "Evangelhos da infância".
Segundo o jornal vaticano L'Osservatore Romano, o Pontífice também está utilizando seu tempo de recolhimento para escrever uma reflexão sobre a fé por ocasião do 50º aniversário do Concílio Vaticano II, iniciado em 11 de outubro de 1962 que atualizou a orientação pastoral da Igreja Católica.
A publicação religiosa recorda que, por ocasião do Concílio, o então papa Paulo VI inaugurou um "ano da fé" de 29 de junho de 1967 a 30 de junho de 1968 por causa do 19º centenário do martírio de Pedro e Paulo. "Se o Concílio não trata expressamente da fé, fala sobre ela em todas as páginas", acrescenta o L'Osservatore.
O jornal não deixou claro, porém, se Joseph Ratzinger tem a intenção de declarar um novo "ano de fé", a exemplo de Paulo IV, e publicar um texto magisterial sobre o tema. Após escrever uma encíclica sobre o amor e outra sobre a esperança, a questão da fé é a única sobre a qual Bento XVI ainda não dissertou, o que completaria o tríptico sobre as virtudes teológicas.
Desde que o Papa se recolheu para a sua residência de férias em 8 de julho, ele já teve um encontro com o secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Tarciso Bertone, uma audiência com o premier malasiano, Mohamed Najib Abdul Razak, e está preparando seus discursos para as suas duas próximas viagens internacionais, para a Espanha e Alemanha.
"Como no último ano, esta jornada de julho em Castel Gandolfo é para Bento XVI um tempo de trabalho muito intenso e muito recolhimento, com um espaço maior para a meditação, a leitura pessoal, a atenção para a natureza e o relaxamento", acrescentou o L'Osservatore. DIGA NÃO A EUTANÁSIA: Federico Lombardi, Marco Giovanni, Fabio Botto Farha, Padre Marcelo Rossi, Elisabeth Cardoso, Beatrice Ludovico, Giovanna Rosa e Marco Aurélio Melo.
