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Itália diz que cúpula do G20 foi “um sucesso”

O comunicado final da cúpula do G20 afirma que a “maioria dos membros” do grupo “condena a guerra na Ucrânia”. Mesmo com o incidente com mísseis na Polônia, o texto não foi alterado em relação ao rascunho ventilado na mídia internacional um dia antes.

“A maioria dos membros condena fortemente a guerra na Ucrânia e enfatiza que ela está causando um imenso sofrimento humano e exacerbando fragilidades já existentes na economia global – limitando o crescimento, aumentando a inflação, interrompendo cadeias de abastecimento, aumentando a insegurança energética e alimentando determinados riscos para a estabilidade financeira”, diz o documento.

O comunicado ainda pontua que o mundo “está vendo os novos impactos negativos da guerra na Ucrânia sobre a economia global” e que “deplora com a máxima firmeza a agressão da Federação Russa contra a Ucrânia e pede a sua retirada completa e incondicional do território” invadido.

O texto destaca, porém, que “existem outros pontos de vista e diversas avaliações da situação e das sanções” impostas por países ocidentais à Rússia.

“Reconhecendo que o G20 não é a sede para resolver as questões de segurança, reconhecemos que essas questões de segurança podem ter consequências significativas para a economia global”, acrescentam.

Os representantes ainda pontuaram que, nas questões econômico-financeiras, há uma grande preocupação “com a deterioração e o endividamento dos países de renda média”. No tema, há um pedido para uma resposta “mais adequada” desses governos sobre suas dívidas e o apelo para que os bancos centrais ajam para evitar uma alta ainda maior da inflação no mundo.

Após a divulgação do comunicado, a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, afirmou que a reunião de cúpula do G20, realizada na Indonésia, foi um “sucesso”.

“A situação estava muito complexa. No G20, existiam os ingredientes para que se traduzisse em uma falência, mas foi um sucesso. A questão mais complexa era a questão da agressão russa à Ucrânia. Não se podia fingir que não estávamos vendo o que está acontecendo com a agressão russa”, afirmou aos jornalistas após o encontro.

São membros do G20: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia, além da União Europeia.

Ao fim formal do encontro, o presidente indonésio, Joko Widodo, encerrou fazendo a transição da liderança do G20 para o premiê da Índia, Narendra Modi, país que sediará a edição 2023 da reunião.

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