Notícias

Em discurso no Egito, Papa Francisco diz que terrorismo é “falsificação idolátrica de Deus”

Em um discurso iniciado com a tradição saudação árabe “Assalamu ‘alaikum” (“Que a paz esteja com vocês”), o papa Francisco fez uma dura crítica ao terrorismo religioso, ao visitar no Cairo a Universidade de Al-Azhar, centro de referência de estudos teológicos do Islã.   

Falando a dezenas de participantes da Conferência Internacional pela Paz e ao lado do imã Ahmad al-Tayyib, o Papa disse que, “como religiosos, é nosso dever desmascarar a violência que se disfarça de suposta sacralidade”. “Somos obrigados a denunciar as violações contra a dignidade humana e os direitos humanos, a levar luz às tentativas de justificar qualquer forma de ódio em nome da religião e a condená-la como falsificação idolátrica de Deus”, afirmou Jorge Mario Bergoglio. “Somente a paz é santa, e nenhuma violação pode ser perpetrada em nome de Deus, porque profanaria seu nome”, garantiu. Ao lado do imã islâmico, o líder católico também demonstrou união no combate ao terrorismo. “Repetimos um forte e claro ‘não’ a qualquer forma de violência, vingança ou ódio cometida em nome da religião ou em nome de Deus. Juntos, afirmamos a incompatibilidade entre violência e fé, entre acreditar e odiar.   

Juntos, declaramos a sacralidade de toda vida humana contra qualquer forma de violação física, social, educativa ou psicológica”, disse.   

Em seu discurso, Francisco também criticou o populismo demagógico, ressaltando que ele “que não ajuda a consolidar a paz e a estabilidade”. Já o imã sunita disse que o “islã não é uma religião de terrorismo, como nem o cristianismo nem o judaísmo são”. A visita do Papa à Universidade Al-Azhar, o mais prestigioso centro acadêmico do mundo sunita, era um dos compromissos de maior expectativa em torno da viagem de Francisco ao Egito.

Mostrar mais

Artigos relacionados

Fechar

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios