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Embaixada do Egito em Roma é alvo de protestos

Há um mês do desaparecimento do italiano Giulio Regeni no Cairo, dezenas de pessoas fizeram um protesto diante da embaixada do Egito em Roma, nesta quinta-feira (25), para exigir um esclarecimento sobre a morte do estudante. "O corpo de Giulio Regeni carrega uma assinatura, a da tortura do Estado. Devemos descobrir o nome e o sobrenome desta assinatura. Queremos a verdade", disse Riccardo Noury, porta-voz da Anistia Internacional na Itália, que organizou a manifestação junto com outras associações de direitos civis locais. "É um caso de tortura como centenas de outros no Egito, dentro de delegacias de polícia", criticou. Regeni, de 28 anos, estava no Cairo para concluir uma tese de mestrado sobre a economia do Egito. Ele desapareceu no dia 25 de janeiro, durante manifestações populares pelo aniversário dos protestos de 2011 no país, da Primavera Árabe, que levou à deposição de Hosni Mubarak.

Seu corpo foi encontrado dias depois, com sinais de tortura. As circunstâncias da morte ainda não foram esclarecidas e há diversas teorias sobre o caso. Uma delas seria a de que Regeni teria sido confundido com um espião italiano devido a contatos telefônicos encontrados na sua agenda e ligados à Irmandade Muçulmana e ao Movimento 6 de Abril, considerados inimigos do governo. Outra suspeita é de que Regeni tenha sido morto porque contribuía com reportagens para o jornal comunista italiano "Il Manifesto", sendo que um de seus últimos artigos dizia que o presidente do Egito, Abdel Fatah al Sisi, controlava o Parlamento e a sociedade com o uso da força.

O governo do Egito evita considerar o caso como um crime político. Em um primeiro momento, o episódio foi classificado como um crime comum, mas as autoridades italianas exigiram uma resposta oficial.

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