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França nega tensão com a Itália por causa de imigrantes do Norte da África

A controvérsia envolvendo europeus e a imigração de norte-africanos ganhou novos elementos. O ministro do Interior da França, Claude Guéant, negou que o governo do presidente francês, Nicolas Sarkozy, limite o acesso dos imigrantes e evite o ingresso deles no país. Nos últimos meses, com a crise política que afetou o Norte da África, a França e a Itália se tornaram os principais destinos dos imigrantes da Tunísia, da Líbia e do Egito.

Segundo Guéant, os franceses respeitam os acordos referentes aos imigrantes, especialmente os tunisianos, que receberam autorização de permanência do governo da Itália – após a suspensão do tráfego ferroviário entre os dois países.

“Fazemos uma aplicação à letra e no espírito dos acordos”, afirmou Claude Guéant, durante reunião em Bucareste, na Romênia. Recentemente, o governo da Itália concedeu autorizações de permanência, de até seis meses, para cerca de 20 mil tunisianos que chegaram ao país. O intuito é fazer com que eles possam se unir às famílias na França e em outros países europeus.

De acordo com o ministro, os estrangeiros que receberam autorização para permanência provisória devem comprovar que dispõem de recursos financeiros para sua manutenção no local a que se destinam. Guéant afirmou que se não houver a comprovação, as pessoas “são reconduzidas à Itália” – que é o país de entrada.

O ministro afirmou ainda que o governo da França não quer tensões com a vizinha Itália em relação aos imigrantes tunisianos. De acordo com Guéant, a decisão de conceder autorização de permanência provisória foi contestada por “muitos países da União Europeia”.

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