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Jornal da família Berlusconi lança campanha contra emissora pública da Itália

Um jornal que pertence à família do primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, pediu que os italianos deixem de pagar suas licenças de TV para que a emissora pública seja punida por veicular entrevista com uma mulher que teria passado uma noite com o chefe de Estado italiano.

 

O diário II Giornalli, de propriedade do irmão de Berlusconi, Paolo, lançou uma campanha na primeira página contra o pagamento da licença.

 

A aparição da garota de programa Patrizia D´Addario na atração "Annozero", da TV pública RAI, obteve audiência de mais de cinco milhões de pessoas e foi duramente criticada pela base governista. O ministro de desenvolvimento econômico, Claudio Scajoa, ameaçou aplicar sanções à emissora por veicular "lixo, vergonha, infâmia e sujeira".

 

Em resposta ao ataque de Scajoa, o líder da oposição,  Dario Franceschini, classificou as ameaças à RAI como um ato de "censura" e "intimidação".

 

A exemplo do jornal do irmão de Berlusconi, o periódico Libero, que apoia o primeiro-ministro, embarcou na campanha contra o pagamento da licença que mantém a emissora pública. O II Giornalli foi mais longe em sua movimentação e chegou a fornecer entre suas matérias um modelo de carta para que o leitor envie e remova seu nome dos registros de pagamentos da licença.

 

"Se a RAI é pública, ela deveria estar a serviço do público que paga seus impostos, e não a serviço de pessoas arrogantes que veiculam informações distorcidas com fins políticos", disse o editor do Giornalli, Vittorio Feltri, na última sexta-feira (25).

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