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Supremo da Itália confirma prisão perpétua contra ex-presidente do Peru

A Corte de Cassação da Itália, última instância judicial do país, confirmou a sentença de prisão perpétua contra o ex-presidente peruano Francisco Morales Bermúdez, atualmente com 100 anos, acusado pela morte e desaparecimento de dois italianos entre as décadas de 1970 e 1980.

Os crimes foram perpetrados através da Operação Condor, um sistema de repressão contra opositores políticos – incluindo vários italianos – das ditaduras ocorridas na América Latina no período.

O tribunal também rejeitou os recursos dos ex-militares peruanos Germán Ruiz Figueroa, que faleceu em 2019, e de Martín Martínez Garay.

Bermúdez e Garay foram condenados por terem organizado o assassinato do ítalo-argentino Lorenzo Viñas Gigli, então com 25 anos, e Horacio Campiglia – esse último, sequestrado no Brasil e levado para a Argentina.

O ex-ditador peruano governou o país entre 1975 e 1980 após depor seu antecessor, o também general Juan Velasco. Agora, a Justiça italiana deve solicitar a extradição formal dos dois ao Peru.

O caso já é analisado na Justiça da Itália há mais de 20 anos e inicialmente investigava 140 pessoas, incluindo 11 brasileiros, 59 argentinos e seis paraguaios, mas por problemas burocráticos ligados às mortes de muitos dos acusados, os réus diminuíram e se resumiram a representantes do Chile, Bolívia, Peru e Paraguai.

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