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IMIGRAÇÃO ILEGAL: Novo naufrágio deixa 70 desaparecidos, no Canal da Sicília, no sul da Itália

Cerca de 70 imigrantes estão desaparecidos por consequência de um naufrágio no Canal da Sicília, na Itália, denunciou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

A notícia foi confirmada por 27 sobreviventes do acidente, citados pela Acnur e pela Procuradoria de Catania, que já abriu uma investigação.

A denúncia vem dias após um pesqueiro ser encontrado, também no Canal da Sicília, com 45 corpos de imigrantes, mortos por asfixia ou afogamento. As vítimas são homens, a maioria proveniente da África Central. Anteriormente, o número de mortos era 30, mas foi revisado hoje pelas autoridades italianas.

Os corpos foram levados a uma sala frigorífica da cidade de Pozzallo e colocados à disposição da Defesa Civil da província de Ragusa.

Dois médicos indicados pela Procuradoria local farão a autópsia nas vítimas.

Os imigrantes estavam em um barco pesqueiro que levava cerca de 600 pessoas, o dobro da capacidade normal. A embarcação foi resgatada na noite de domingo (29) pela Marinha italiana. As autoridades já prenderam dois supostos responsáveis pelo barco. Eles foram identificados como Oussman Maron, de 30 anos, e Ibrahim Conte Del Gambia, de 22, ambos do Senegal. Cada imigrante teria desembolsado o valor de US$ 1,5 mil para chegar à Europa.

O problema da imigração é um dos mais graves enfrentados pela Itália, que há anos serve de porta de entrada para a Europa.

Diariamente, embarcações são resgatas em ilhas e praias do sul do país, principalmente em Lampedusa. No ano passado, um naufrágio causou mais de 300 mortos e abalou toda a Itália.

Segundo estimativas, desde o início do ano, mais de 60 mil pessoas foram resgatadas no Canal da Sicília. Nesse fluxo, o número de imigrantes socorridos deve bater o recorde de 2011, quando foram registrados 63 mil resgates.  O governo italiano, assim como o papa Francisco, faz frequentes apelos para que a comunidade européia ajude Roma a lidar com o problema.

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