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Instituto cria medidas de urgência para a população de Abruzzo

O Instituto Nacional de Previdência para Funcionários da Administração Pública (Inpdap) da Itália anunciou nesta quinta-feira (09/04) uma série de medidas de urgência para ajudar a população das áreas atingidas pelo terremoto.

Segundo o comissário extraordinário da instituição, Paolo Crescimbeni, as iniciativas visam "contribuir para aliviar as dificuldades" vividas principalmente pelos aposentados da região.

Entre as medidas, foram citadas a antecipação do pagamento das aposentadorias de maio em abril; a suspensão até 31 de dezembro do pagamento de parcelas e mútuos; e a criação de um subsídio de até 3 mil euros e a obtenção da prioridade nos pedidos de férias com os filhos para funcionários públicos que tiveram as casas destruídas.

Mais cedo, o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, disse que "tinha sido iniciada a discussões sobre as iniciativas futuras" para a região, após a reunião do Conselho de Ministros, em Roma.

O premier prometeu a aprovação, após a Páscoa, de um 'decreto Abruzzo', através do qual será estabelecida uma série de medidas para auxiliar a população das áreas atingidas pelo terremoto.

Entre as medidas 'de exceção' que já foram aprovadas para a região, estão a renegociação dos contratos de pagamento com os bancos, a suspensão dos pagamentos das faturas e a autorização aos farmacêuticos para vender, sem receita, os remédios incluídos no sistema sanitário nacional.

Por sua vez, o ministro da Economia, Giulio Tremonti, enviou para a Associação Bancária Italiana (ABI) uma carta na qual pede que seja implementada, nas regiões atingidas pelo terremoto, a anulação das parcelas dos mútuos e a redução ou anulação dos custos das operações bancárias.

O apelo aos bancos foi reiterado pelo ministro da Defesa, Ignazio La Russa, que pediu que não sejam cobrados os custos das operações bancárias para quem contribui com doações para os fundos em prol das vítimas do desastre.

"Fomos informados de que [esses custos] podem chegar a seis, sete euros. Seria bonito se os bancos facilitassem a solidariedade, permitindo depósitos gratuitos", explicou La Russa.

No meio tempo, os operadores hoteleiros de Abruzzo, que aceitaram receber pessoas que ficaram desabrigadas após terremoto, pediram ajuda dos bancos para viabilizar o crédito aos hotéis.

"Os hoteleiros estão fazendo o máximo", ressaltou o presidente da Federação dos Hotéis (Federalberghi) do Abruzzo, Emilio Schirato, que pediu que os bancos "ajudem com o crédito".

O terremoto de 5,8 graus na escala Richter, que atingiu na última segunda-feira a região do Abruzzo, no centro da Itália, deixou 279 mortos e mais de 29 mil desabrigados.

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