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Itália convoca embaixador da Venezuela em Roma, após ações contra ítalo-venezuelana

O Ministério das Relações Exteriores da Itália convocou o embaixador da Venezuela em Roma, Isaías Rodríguez, para prestar explicações sobre o caso de uma parlamentar que teve o passaporte apreendido e foi proibida de deixar o país latino-americano.

Mariela Magallanes é cidadã ítalo-venezuelana e membro da Assembleia Nacional, parlamento dominado pela oposição e chefiado pelo autoproclamado presidente interino do país, Juan Guaidó.

No entanto, ao tentar embarcar para o Catar no Aeroporto de Maiquetía, nos arredores de Caracas, ela foi detida na alfândega e proibida de sair do país. “Hoje, 2 de abril, quando viajaria em uma delegação parlamentar para a União Interparlamentar Mundial, me foi notificado que o passaporte vigente está anulado”, contou Magallanes no Twitter.

“Uma vez notificada e depois que a funcionária da migração me devolveu o passaporte, não pude sair do aeroporto por mais de quatro horas”, acrescentou. A deputada também chamou o regime de Nicolás Maduro de “moribundo” e garantiu que Guaidó “não está sozinho”.

Magallanes ainda postou uma foto do passaporte para provar que ele está válido e em perfeito estado – a data de vencimento é 16 de outubro de 2020. Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores da Itália expressou sua “preocupação” e sua “firme condenação” dessa “evidente violação da imunidade parlamentar”.

A Farnesina ainda cobra o restabelecimento da liberdade de ir e vir da deputada e o “pleno respeito de todos os direitos humanos” dos membros da Assembleia Nacional. Também nesta quarta, Guaidó convidou uma comissão do Senado da Itália a viajar à Venezuela para conferir de perto os efeitos da crise no país.

Em uma mensagem em vídeo enviada para o congresso “Venezuela: entre crise humanitária e violência do regime”, o autoproclamado presidente ressalta que sua nação vive uma “grave crise produzida pela falta de energia elétrica, que agrava a emergência humanitária”.

A Itália é um dos poucos países da União Europeia que não reconhecem Juan Guaidó como presidente da Venezuela.

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