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ITÁLIA E ARGENTINA: Ministros reforçam relações

Os ministros das Relações Exteriores da Argentina, Héctor Timerman, e da Itália, Franco Frattini, mantiveram em Roma uma reunião de trabalho, durante a qual decidiram relançar em todos os níveis as antigas e profundas relações bilaterais, disse uma nota da chancelaria italiana.

Também se confirmou que no primeiro trimestre de 2011 se realizará em Buenos Aires a segunda reunião da Comissão Econômica Bilateral, presidida pelos respectivos chanceleres, que se enriquecerá com uma sessão de Diálogo Político de Alto Nível.

A nova temporada que se abre nas relações bilaterais incluirá os setores da economia, ciência e tecnologia, cultura e defesa.

Frattini e Timerman, neste contexto e após uma avaliação positiva da recente evolução registrada em alguns setores das relações bilaterais, consideraram em especial as perspectivas de intensificar ainda mais os vínculos econômicos e da cooperação industrial.

Neste sentido, destacaram a amplitude das oportunidades que podem reforçar a evolução positiva nestas áreas.

Durante a reunião – acrescentou a nota – os dois ministros também discutiram questões multilaterais como os desafios e as negociações no âmbito das Nações Unidas, a reforma do Conselho de Segurança, os acordos e as perspectivas do G20 (Grupo dos países mais ricos do mundo e emergentes), e os processos birregionais entre a União Europeia e o Mercosul.

Frattini e Timerman manifestaram sua satisfação pelos desenvolvimentos positivos no processo de concessão de um espaço do Arsenal da Bienal de Veneza dedicado ao Pavilhão permanente argentino, como testemunho da presença constante e significativa da Argentina (desde 1901) nesta exposição, e que constituirá uma plataforma privilegiada para a exposição das artes visuais e da arquitetura do país sul-americano.

Os dois ministros também apreciaram a disponibilidade do governo italiano em  permitir, em conformidade com a legislação nacional, o acesso à documentação relativa aos casos de graves violações dos direitos humanos reunida nas sedes diplomáticas e consulares da Itália na Argentina durante os anos da ditadura militar neste último país (1976-1983).

Este ponto se destina a garantir que se faça luz e justiça sobre uma das páginas mais sombrias da história argentina, concluiu a nota da chancelaria da Itália.

Em coincidência, fontes diplomáticas observaram que houve progressos  importantes sobre a questão dos títulos da dívida da Argentina, que declarou moratória em 2001: em particular, a oferta de troca reaberta em 2010, que elevou para mais de 70% o número de pequenos investidores italianos que a aceitaram.

Segundo as fontes, neste contexto, o governo italiano pretende continuar a tratar do caso com a máxima atenção para que se chegue a uma solução satisfatória para todos os poupadores italianos atingidos pelo problema. (ANSA)

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