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Ministro do Interior da Itália processa Associação de Defesa dos Imigrantes

O ministro do Interior da Itália, Roberto Maroni, pediu uma indenização de 50 mil euros em um processo contra uma associação de defesa dos direitos dos imigrantes, que teria supostamente causado danos à sua reputação.

Em julho de 2008, a Associação de Promoção Social (Arci), tomou uma posição contrária à tentativa do governo de manter um controle sobre a população cigana nas escolas italianas.

 

A medida instituiria o envio de listas aos chefes de província (subordinados ao Ministério do Interior), com a relação dos estudantes estrangeiros, especificando se eram rom ou sinti [etnias dos ciganos].

De acordo com uma nota divulgada hoje pela Arci sobre o pedido de indenização do ministro, a medida pareceu à organização "uma solicitação inútil", pois já é costume na Itália que uma lista desse tipo seja enviada ao Ministério da Educação, e "racista".

"Como se a presença estrangeira em uma escola fosse um problema para a ordem pública e por isso deveria ser mostrada aos chefes de província" e, além disso "merecesse uma atenção particular se alguns destes rapazes fossem rom ou sinti", afirmou a associação.

A Arci diz apenas que denunciou publicamente a prática e fez saber qual era seu posicionamento sobre o assunto, porque não gosta "nem de racismo nem de injustiça".

"Lesamos a reputação de Maroni? Nós não, seguramente, visto que estamos limitados a falar sobre uma disposição de seu ministério. Provavelmente são os próprios conteúdos destas disposições que não fazem bem à imagem e à reputação do ministro", defendeu-se a Arci.

A acusação de Maroni se refere a um comunicado difundido publicamente pela associação.

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