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UNIÃO EUROPEIA: Itália poderá adotar novas medias anticrise

A Comissão Europeia, que representa os interesses da União Europeia (UE), indicou que a Itália pode ter que tomar novas medidas caso a arrecadação tributária seja menor que o previsto para este ano e caso encontre dificuldades para cortar gastos.

"Uma crível e duradoura consolidação das finanças públicas e a adoção de medidas estruturais para reforçar o crescimento são a prioridade do momento para a Itália", acrescentou o órgão.

Por sua vez, o premier italiano, Silvio Berlusconi, atestou que não fará mais alterações no pacote de austeridade econômica, que será enviado à Câmara dos Deputados na quarta-feira.

Ele argumentou que "não há espaço" para mudanças, e culpou "a oposição e seus jornais" por criarem dúvidas sobre o tema.

"Pela primeira vez em 135 anos teremos os saldos equilibrados", argumentou o chefe do Conselho de Ministros da Itália.

Ele ainda indicou que terá um encontro com o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, para debater a situação econômica do continente.

A dívida pública da zona do euro, segundo a Comissão, bateu um novo recorde e deve ficar a 88,7% do Produto Interno Bruto (PIB) da UE em 2012, o que representa um aumento de 20 pontos com relação a 2007, quando a porcentagem era de 66,3%.

O déficit da Itália, por sua vez, representa 120% do PIB.

O relatório sustentou ainda que a retomada econômica geral da Europa é "lenta e incerta" e "as manobras de consolidação das contas públicas levarão a um longo período de atividade econômica fraca".

Hoje, oito países do bloco — Áustria, Alemanha, Finlândia, França, Holanda, Itália, Suécia e Grã-Bretanha — e a Dinamarca defenderam conjuntamente um corte nas despesas da própria UE entre 2014 a 2020, que poderiam chegar de 50 milhões de euros (R$ 114,5 milhões) a 100 milhões de euros (R$ 229 milhões).

Em dezembro do ano passado, Grã-Bretanha, França e Alemanha já haviam defendido essa proposta em um documento conjunto.

A hipótese de um calote na dívida grega voltou hoje a preocupar os governos e mercados, mas a UE já atestou que não trabalha com essa possibilidade. Para as autoridades do bloco, trata-se apenas de uma questão de "empenho político".

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