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Mario Monti renuncia ao cargo de primeiro-ministro, deixando uma grave crise política na Itália

O primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, apresentou sua renúncia ao cargo, disse em um comunicado o governo italiano, deixando uma grave crise política no país.

Monti, considerado um tecnocrata, no poder há treze meses, apresentou sua renúncia ante o presidente da República, Giorgio Napolitano, após a aprovação no Parlamento da Lei de Orçamentos de 2013 e depois de ter perdido o apoio do partido de seu antecessor, Silvio Berlusconi.

O anúncio foi feito após o Parlamento italiano ter aprovado definitivamente nesta sexta-feira a Lei de Orçamento para o 2013.

A Câmara dos Deputados ratificou a lei com 309 votos a favor, 55 contra e 5 abstenções.

Desde 1994, Monti era reitor da prestigiosa Universidade Bocconi de Milão.

Quando foi designado como Comissário para a Competitividade da União Europeia, o chamavam de "Super Mario", por sua capacidade de enfrentar os bancos e de batalhar contra os monopólios, após ter impedido o matrimônio em 2001 entre gigantes como General Electric e Honeywell, ou Schneider e Legrand.

Também desafiou em 2004 o multimilionário Bill Gates ao impor à Microsoft uma multa de 497 milhões de euros, que obrigou o grupo a facilitar a compatibilidade de seus produtos. A sentença marcou o mundo da tecnologia.

Monti, chamado para salvar a economia italiana, à beira do abismo, tomou medidas radicais que obrigaram aos cidadãos a assumir sacrifícios, mas não atacou os privilégios, principalmente da classe política, segundo analistas políticos.

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