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COPA DAS CONFEDERAÇÕES: Brasil derrota a Itália por 4 a 2 na Arena Fonte Nova, na Bahia

Em um jogo quente e muito disputado, a seleção brasileira deu demonstração de força e derrotou a Itália por 4 a 2 neste sábado na Arena Fonte Nova, garantindo assim o primeiro lugar no grupo A da Copa das Confederações, além de manter uma escrita que já dura 31 anos.

Dante, Neymar e Fred, duas vezes, balançaram as redes para os anfitriões, que chegaram assim aos nove pontos, fechando sua participação primeira fase da competição com 100% de aproveitamento. Giaccherini e Chiellini descontaram para a 'Azzurra', também classificada, que ficou com seis pontos.

Com o resultado de hoje, o Brasil mantém escrita de 31 anos sem perder para o rival. A última derrota foi o 3 a 2, que selou a Tragédia de Sarriá, na Copa do Mundo de 1982. Neste ano, as duas seleções disputaram amistoso em Genebra, que terminou empatado em dois gols.

Na próxima quarta-feira, no Mineirão, em Belo Horizonte, a seleção brasileira entrará em campo pelas semifinais, contra o segundo colocado do grupo B, que deverá sair entre Uruguai ou Nigéria. Na quinta-feira é a vez da Itália jogar contra a líder da outra chave, provavelmente a seleção espanhola, no Castelão, em Fortaleza.

No outro jogo da rodada pelo grupo A, hoje o México derrotou a seleção japonesa, no Mineirão, por 2 a 1, e garantiu o terceiro lugar da chave. As duas seleções entraram eliminadas na rodada, após perderem em seus dois primeiros compromissos.

Sem temer suspensões ou lesões, Luiz Felipe Scolari veio com o que tinha de melhor para partida. Paulinho, com lesão no tornozelo esquerdo foi preservado. Em seu lugar entrou Hernanes. Os pendurados Daniel Alves e Thiago Silva foram para o jogo, assim como Oscar, considerado pelo técnico o jogador mais desgastado do elenco.

A seleção italiana, por sua vez, foi para a partida cheia de mudanças para o jogo. Abate recuperou lugar na lateral direita no lugar de Maggio Bonucci ganha vaga de Barzagli na zaga. Candreva, Marchisio e Diamanti jogam nos lugares de De Rossi, Pirlo e Giaccherini.

Como nos dois primeiros jogos, o Brasil começou com ritmo avassalador. Acuada, a Itália não conseguia sair jogando e devolvia a bola para os donos da casa antes de passar da intermediária. Logo no primeiro minuto, após um desses erros, Hulk arrancou e finalizou da entrada da área, parando em ótima defesa de Buffon.

Se contra japoneses e mexicanos, o bom momento durou cerca de 20 minutos, os brasileiros viram o jogo se equilibrar logo, já que os visitantes passaram a ficar mais tempo com a bola, para frear o ímpeto brasileiro. A seleção pentacampeã do mundo, com isso, começou a abusar das faltas.

David Luiz, que recebeu cartão amarelo aos 8 minutos de jogo, pouco depois dividiu bola com Candreva e sentiu lesão na coxa. Passados oito minutos, o zagueiro quase não conseguiu alcançar Balotelli na área. O atacante recebeu cruzamento de Marchisio e acabou travado pelo jogador do Chelsea, finalizando para fora.

Com dificuldades no toque final no ataque, o Brasil só voltou a ameaçar aos 23 minutos de jogo, quando após uma rápida jogada, com direito a passe de calcanhar de Fred, Neymar disparou cruzado, mas sem muita precisão, à esquerda do gol defendido por Buffon.

Em seguida, Cesare Prandelli foi obrigado a mexer em sua equipe, em outro problema no setor de meio-campo: a lesão de Montolivo. O jogador acabou dando lugar a Giaccherini, que havia sido titular nos dois primeiros jogos.

Ainda antes dos 30 minutos, o técnico italiano teve mais uma baixa em sua equipe. Após falta de Neymar – que recebeu cartão amarelo no lance – em Abate, o lateral teve que deixar o campo, para dar lugar a Maggio.

Como se uma nuvem negra estivesse instalada sobre a Arena Fonte Nova, dois minutos depois foi a vez de Felipão precisar mexer, já que David Luiz não resistiu a pancada que sofreu na coxa. Em seu lugar entrou o baiano Dante, para delírio do torcedor que compareceu em bom público ao estádio.

O defensor, contudo, deu um grande susto nos brasileiros aos 41 do primeiro tempo, quando furou bisonhamente uma bola lançada na área. Por sorte, Balotelli não conseguiu dominar e acabou desarmado por Thiago Silva.

Quando a jogo caminhava para o intervalo sem gols, coube ao mesmo Dante se redimir e balançar as redes. Aos 46 minutos de jogo, Neymar cobrou falta da esquerda, Fred cabeceou para a defesa de Buffon, e no rebote o zagueiro do Bayern de Munique, em posição duvidosa, escorou para abrir o placar.

O segundo tempo começou com o Brasil mais solto no ataque, mas foi a Itália que conseguiu marcar. Aos 6 minutos do segundo tempo, após lançamento longo, Balotelli ajeitou de calcanhar para Giaccherini, que arrancou pela direita e encheu o pé, sem dar chances para Júlio César.

A resposta foi rápida, e só precisou de três minutos para buscar o empate. Após falta de Maggio em Neymar no lado esquerdo do ataque brasileiro, o próprio atacante foi para a bola e acertou o ângulo esquerdo de Buffon, recolocando o Brasil na frente.

O ritmo seguiu forte e em uma reposição errada do goleiro italiano, a seleção chegou ao terceiro gol aos 21 minutos do segundo tempo. Buffon lançou nos pés de Marcelo, que descolou lançamento preciso para Fred, que dominou, ajeitou e fuzilou para o fundo das redes, ampliando o marcador.

Logo após o lance, Felipão chamou Bernard, que segundo o técnico "tem alegria nas pernas". O jogador do Atlético Mineiro pôde assim estrear na Copa das Confederações, ao entrar no lugar de Neymar, efusivamente aplaudido pelos torcedores.

Não demorou para que a Itália conseguisse descontar, em lance polêmico. Após cobrança de escanteio de Candreva, houve bate e rebate na área, o árbitro uzbeque Ravshan Irmatov apitou, a zaga brasileira parou, mas na sobra Chiellini bateu para marcar. A pressão foi grande pela anulação do gol, que acabou confirmado.

Ao encostar no placar, Prandelli colocou sua equipe mais à frente, com El Shaarawy no lugar de Diamanti. Felipão, por sua vez, reforçou a marcação no meio-campo, com Fernando entrando na vaga de Hulk, nas duas últimas substituições do jogo.

Totalmente aberto, o jogo seguiu em alta temperatura. Aos 34 minutos, os italianos quase marcaram, quando, após escanteio cobrado por Candreva, Maggio apareceu no meio da zaga brasileira e testou com força. Por sorte dos donos da casa, o lateral acertou o travessão.

Três minutos depois foi a vez de Balotelli ficar perto de empatar. Depois de cobrança de falta de Candreva, o atacante do Milan, que vinha sendo muito aplaudido antes do jogo, chutou para fora. A torcida foi ao delírio e aproveitou para provocar o atacante do Milan.

Os sustos fizeram o Brasil voltar com tudo para o ataque. Após roubada de bola no meio-campo, Bernard recebeu na esquerda, cruzou para Marcelo que bateu forte para defesa de Buffon. No rebote, Fred mostrou seu instinto de camisa 9 e fechou o placar, garantindo a vitória brasileira.

Ficha técnica:

Itália: Buffon; Abate (Maggio), Bonucci, Chiellini e De Sciglio; Candreva, Aquilani, Montolivo (Giaccherini), Marchisio e Diamanti (El Shaarawy); Balotelli. Técnico: Cesare Prandelli.

Brasil: Júlio César; Júlio César; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz (Dante) e Marcelo; Luiz Gustavo, Hernanes e Oscar; Hulk (Fernando), Neymar (Bernard) e Fred. Técnico: Luiz Felipe Scolari.

Árbitro: Ravshan Irmatov (Uzbequistão), auxiliado por seu compatriota Abduxamidullo Rasulov e por Bakhadyr Kochkarov (Cazaquistão).

Gols: Giaccherini, Chiellini (Itália); Dante, Neymar e Fred (2) (Brasil).

Cartões amarelos: Marchisio (Itália); David Luiz, Neymar e Luiz Gustavo (Brasil).

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