Notícias

Senador Marcello Dell’Ultri do PDL está sob investigação do Ministério Público de Palermo

O senador Marcello Dell'Ultri do PDL (Povo da Liberdade, de Silvio Berlusconi) está sob investigação do Ministério Público de Palermo por extorsão contra o ex-premier italiano. Como parte desta investigação, os magistrados convocaram o 'Cavaliere', que é a parte ofendida, mas ele não compareceu, alegando legítimo impedimento, por conta da organização de um seminário com economistas em Villa Gernetto.

A filha do ex-chefe de governo, 
Marina Berlusconi, também foi convocada pelo Ministério Público de Palermo, como uma pessoa informada sobre os fatos neste inquérito por extorsão.

Conforme relatado pelo jornal La Repubblica, os investigadores queriam ouvir Berlusconi principalmente para aprofundar um aspecto: os supostos vínculos entre Dell'Utri e expoentes mafiosos. Os procuradores queriam perguntar ao ex-premier a respeito de algumas despesas feitas em nome de Dell'Utri ou de "empréstimos sem juros" concedidos ao senador nos últimos anos. Entre os nós, um relacionado à compra de uma casa de Dell'Utri no lago de Como por quase € 21 milhões, frente a um valor estimado de aproximados € 9 milhões.

No inquérito, sempre segundo o jornal dirigido por 
Ezio Mauro, além de Marcello Dell'Utri estão sendo investigados, entre outros, o ex-ministro Nicola Mancino, o senador Calogero Mannino e os generais dos Carabineiros Mario Mori e Antonio Subranni.

Dell'Utri já foi condenado em primeira instância por associação mafiosa; a condenação foi primeiro confirmada em segunda instância, depois anulada pelo Supremo Tribunal. Justamente hoje (18), em Palermo, o processo de recurso foi retomado.

"Neste processo nunca foi ouvida a pessoa prejudicada pelo crime: Silvio Berlusconi, que em 2002, sendo suspeito de um delito conexo, exerceu o seu direito de permanecer calado", afirmou o Procurador Geral
Luigi Patronaggio do Ministério Público, solicitando a citação no julgamento do ex-premier.

De acordo com a reconstrução da acusação, Dell'Utri teria sido o intermediário entre Berlusconi (na época um empresário) e a Cosa Nostra, mediando os pedidos extorsivos dos clãs junto a Berlusconi.

"A jurisprudência mudou, disse Patronaggio, porque os suspeitos de crimes relacionados – cuja posição foi arquivada, já não podem reivindicar o direito de permanecer em silêncio, e na melhor das hipóteses podem ser ouvidos na forma de testemunha assistida".

O juiz anunciou que pretende perguntar ao ex-primeiro ministro se e quando ele foi ameaçado pela máfia, como e por meio de quem pagou – primeiro para proteger sua família, e depois para ter a autorização para instalar as antenas da Mediaset.

Já Marina Berlusconi poderia ser ouvida em 25 de julho. Na convocação do último dia 16 ela justificou sua ausência com compromissos no exterior. Daqui a nova convocação, para esclarecer como o dinheiro que Dell'Utri recebeu saiu de sua conta-corrente.

Mostrar mais

Artigos relacionados

Fechar

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios