O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, pediu a convocação de uma reunião extraordinária entre os líderes do bloco para discutir a atual crise de refugiados.
A solicitação foi feita durante uma coletiva de imprensa na sede do Parlamento Europeu em Estrasburgo, na França, no mesmo dia em que a Áustria anunciou que receberá no máximo 127,5 mil solicitantes de refúgio até 2019, sendo 37,5 mil deste total em 2016. Segundo o chanceler Werner Faymann, a medida foi adotada após uma consulta com sua colega alemã, Angela Merkel, que tem se recusado a fazer algo do tipo em seu país.
Além disso, a Áustria aumentou o rigor dos controles na fronteira com a Eslovênia, apesar de os dois Estados integrarem o Espaço Schengen, área de livre circulação dentro da União Europeia. Com o reforço, Viena poderá checar detalhadamente os documentos e os objetos pessoais de até 500 imigrantes por dia.
Em fevereiro, quando o novo sistema de controle estiver em plena operação, o número subirá para 11 mil. No centro de acolhimento de Spielfeld, os solicitantes de refúgio que não cumprirem os requisitos serão devolvidos à Eslovênia.
Na última terça-feira (19), Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu, havia dito que a União Europeia tem apenas dois meses para colocar a crise migratória "sob controle", do contrário, o Espaço Schengen poderá chegar ao seu fim.