O papa Bento XVI pediu que os Estados protejam as minorias religiosas e garantam a liberdade de culto que, segundo ele, é ameaçada em todo o mundo por "tendências e ideologias".
Em uma mensagem enviada à XVII Sessão Plenária da Pontifícia Academia das Ciências Sociais, que se encerra nesta quarta-feira, no Vaticano, o Pontífice defendeu que somente uma autêntica liberdade de fé "permitirá que a pessoa humana se realize plenamente" e "contribua para o bem comum da sociedade".
De acordo com Bento XVI, é exatamente por isso que a Santa Sé continua a "reclamar o respeito deste direito fundamental".
O Papa destacou que "as raízes da cultura cristã do Ocidente permanecem profundas" e que esta cultura "deu vida e espaço à liberdade religiosa".
"Mas estes direitos humanos fundamentais estão, de novo, sob a ameaça de tendências e ideologias que querem impedir a livre expressão religiosa", disse o Pontífice.
"A Santa Sé continua a pedir o reconhecimento do direito humano fundamental à liberdade religiosa por parte de todos os Estados, e os exorta a respeitarem e, quando necessário, protegerem as minorias religiosas", concluiu.
A XVII Sessão Plenária da Pontifícia Academia das Ciências Sociais reuniu especialistas de diversas áreas para discutir os novos cenários geopolíticos, as ideologias e culturas, e os crescentes riscos de violações à liberdade religiosa.