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Papa exorta cristão da China e do Iraque a ter coragem

O papa Bento XVI exortou os católicos leais da China e do Iraque a terem coragem diante da perseguição e dos limites impostos à sua liberdade religiosa. O tradicional pronunciamento do papa por ocasião do Natal coincidiu com ataques a bomba na cidade cristã de Jos, no norte da Nigéria, que deixaram 32 mortos e 74 feridos, e com um ataque a bomba contra uma igreja na ilha predominantemente muçulmana de Jolo, no sul das Filipinas, que deixou seis feridos.

O pronunciamento de Bento XVI destacou as tensões entre a China e o Vaticano e os perigos enfrentados pela minoria cristã no Iraque, onde radicais têm usado ataques violentos na tentativa de expulsá-la do país.

"Possa o nascimento do Salvador fortalecer o espírito da fé, da paciência e da coragem dos fiéis da Igreja na China continental, que eles possam não perder a confiança diante das limitações impostas à sua liberdade religiosa e consciência, mas, ao perseverar em sua fidelidade a Cristo e à sua Igreja, possam eles manter viva a chama da esperança", disse o papa.

Nas últimas semanas, as tensões entre o governo chinês e o Vaticano voltaram a crescer por causa da divergência sobre quem tem o direito de nomear bispos na China.

Discursando no balcão da Basílica de São Pedro, diante de uma multidão de fiéis e turistas que desafiaram a chuva, o papa disse que as pessoas que vivem nos locais turbulentos do mundo devem tirar esperança da mensagem reconfortante do Natal. Ele rezou para que os cristãos "aliviem a dor e tragam consolo, em meio a suas tribulações, às amadas comunidades cristãs no Iraque e no Oriente Médio. Possa a luz do Natal brilhar renovada na terra em que Jesus nasceu e inspirar israelenses e palestinos a buscarem uma coexistência justa e pacífica".

Em Bagdá, centenas de cristãos iraquianos se reuniram em uma igreja onde extremistas muçulmanos haviam tomado mais de 120 reféns em outubro, em um incidente que terminou com 68 mortos. "Não importa quão duramente a tempestade sopre, o amor nos salvará", disse aos fiéis o arcebispo de Bagdá, Matti Shaba Matouka.

O papa Bento XVI manifestou ainda a esperança de que o Natal também inspire maior respeito pelos direitos humanos no Afeganistão e no Paquistão e "avance a reconciliação na península coreana". Ele também rezou para que os cristãos no Haiti mantenham a esperança no futuro, apesar do terremoto e da recente epidemia de cólera.

Em Belém, na Cisjordânia ocupada por Israel, mais de 100 mil peregrinos cristãos convergiram para a Igreja da Natividade, construída no local onde Jesus teria nascido. O número foi duas vezes maior do que o do ano passado, segundo militares israelenses.

Em Sandringham, no leste da Inglaterra, a rainha Elizabeth II foi à missa de natal na Igreja Sta. Maria Madalena, acompanhada de seu filho mais velho, o príncipe Charles, com sua esposa, Camilla, e o neto mais novo, o príncipe Harry. O príncipe William estava em serviço em uma unidade da Real Força Aérea em Gales.

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