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PD apresenta moção de desconfiança contra premier da Itália

O Partido Democrático (PD), que faz oposição ao governo da Itália, apresentou uma moção de desconfiança contra o primeiro-ministro Giuseppe Conte.

A moção vem em um momento em que é questionada a continuidade do governo italiano devido à tensão entre os partidos Liga Norte e Movimento 5 Estrelas (M5S), que formam a coalizão de governo.

O embate entre o M5S e a Liga, que perdura há meses por conta de divergências em projetos políticos, intensificou-se na última semana com o chamado “caso Siri”. “Conte, venha ao plenário explicar a situação em relação ao subsecretário Siri e venha dar esclarecimentos também sobre a real saúde dessa coalizão [de governo]”, afirmou o líder do PD no Senado, Andrea Marcucci, que também é próximo ao ex-premier Matteo Renzi. O “caso Siri” é um escândalo que veio à tona nos últimos dias envolvendo o subsecretário de Infraestrutura e Transportes da Itália, Armando Siri, acusado de corrupção. Segundo investigações conduzidas pelas autoridades de Palermo e Roma, Siri teria favorecido empreendedores em decisões do governo e recebido, em troca, 30 mil euros. A situação criou o enésimo confronto entre o M5S e a Liga Norte.

Enquanto o Movimento 5 Estrelas, através do vice-premier Luigi di Maio, pediu o afastamento imediato do subsecretário, a Liga Norte, do também vice-premier e ministro do Interior, Matteo Salvini, mantém-se ao lado de Siri, que se defende negando as acusações. “Não fiz nada errado e não renunciarei”, disse.

Siri, senador pela Liga Norte e conselheiro econômico do partido, é considerado o “braço direito” de Salvini. “Eu o conheço e o respeito. Tenho plena confiança nele”, disse o vice-premier.

“Armando Siri, senador e subsecretário de Estado junto ao Ministério da Infraestrutura e Transporte, portanto, na duplicidade de oficial público, pelo exercício de suas funções e poderes, servindo a interesses privados, recebida indevidamente a cifra de 30 mil euros de Paolo Franco Arata, administrador da Etnea, da Alqantara, da Solcara e da Solgesta”, diz a investigação contra Siri.

Segundo os investigadores, Arata costumava chamar Siri de “seu homem” dentro o governo. Para agravar a crise, veio à tona neste sábado que o filho de Arata, Federico Arata, foi contratado Palácio Chigi, o que passará a ser investigado também.

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