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Pela primeira vez desde 1959, Itália registra deflação

Pela primeira vez desde 1959, a Itália registrou uma deflação nos preços, informou o Instituto de Estatísticas Italiano (Istat). Nos dados provisórios de 2016, houve queda de 0,1% nos valores de produtos e serviços para os consumidores.

"É de 1959, quando a flexão foi de 0,4%, que isso não acontecia", informou em nota a entidade.

No entanto, se a média anual foi negativa, os dados provisórios de dezembro mostram que a inflação voltou a surgir e subiu 0,5% na comparação com o mesmo mês de 2015. Essa é a maior alta mensal desde maio de 2014, mas se mostrou insuficiente para reverter o cenário do ano. Também na comparação com mês anterior, dezembro registrou alta de 0,4% nos preços ao consumidor.

Por setores, os preços de bens alimentares (incluindo bebidas alcoólicas) tiveram alta de 0,4% na comparação com novembro, mesmo índice que apresentaram os setores de produtos para cuidados com a casa e produtos de uso pessoal. Em novembro, na comparação com outubro, havia uma queda de 0,1% nos valores.

Apesar de parecer bom os preços não terem aumentos, na verdade, a deflação é péssima para a economia de um país – e especialmente para os europeus, que tentam se reerguer da crise econômica iniciada em 2008. Entre os principais pontos negativos da deflação estão a perda de interesse das pessoas na compra de produtos "que vão cair de preço" (ou seja, as pessoas guardam dinheiro esperando uma desvalorização e acabam prejudicando as vendas e o consumo), há um excesso de produção nas indústrias que não consegue ser escoado e que, portanto, leva à uma redução na produção e uma consequente demissão de funcionários, e há um aumento real no valor dos débitos daqueles que já estão endividados. Para especialistas, o "saudável" para um país é ter uma inflação entre 1% e 3%, para manter a economia atividade e para afugentar o medo de uma crise.

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