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POLÍTICA: Liga diz ser alvo de “ataque à democracia” na Itália

O partido ultranacionalista Liga pretende pedir uma reunião com o presidente da Itália, Sergio Mattarella, sobre a decisão da Corte de Cassação, instância máxima da Justiça do país, de bloquear todas as suas contas e depósitos bancários.

Segundo fontes da Liga, a sentença representa um "gravíssimo ataque à democracia para tirar do jogo, pela via judicial, o primeiro partido italiano". A legenda conservadora foi a terceira mais votada nas eleições de 4 de março, atrás do antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), com quem se aliou para governar a Itália, e do centro-esquerdista Partido Democrático (PD).

A decisão da Corte de Cassação diz respeito a uma fraude de 56 milhões de euros atribuída ao fundador da Liga, senador Umberto Bossi, e ao ex-tesoureiro Francesco Belsito, condenados em primeiro grau, respectivamente, a dois anos e meio e quatro anos e 10 meses de prisão.

Acolhendo um pedido do Ministério Público de Gênova, o tribunal mandou apreender todas as contas da Liga, até se atingir a quantia de 49 milhões de euros. Segundo a sentença contra Bossi e Belsito, eles utilizaram fundos eleitorais – dinheiro público dado aos partidos – para pagar despesas pessoais, entre 2008 e 2010.

"Estamos tranquilíssimos, nenhuma preocupação com essa sentença bizarra", disse o ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, líder da Liga. O Ministério Público também apura se os dirigentes do partido tentaram esconder suas contas para evitar uma futura apreensão.

A Liga integra a coalizão que governa o país desde 1º de junho, mas, apesar de ser "acionista de minoria", vem conseguindo impor sua agenda ao M5S, principalmente na questão migratória.

 

 

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