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Prefeitura da cidade de Veneza controlará acesso de turistas na praça San Marco

A Prefeitura de Veneza apresentou um pacote de medidas para regular o intenso fluxo de turistas na cidade, incluindo o controle do acesso à praça San Marco, área mais movimentada da capital do Vêneto.

Desde o ano passado, o governo municipal vinha estudando maneiras de restringir a entrada de pessoas na principal praça de Veneza, que abriga a Basílica de San Marco, o Palácio Ducale, o Museu Correr e a Torre do Relógio, além de inúmeros restaurantes.

"Será um acesso controlado, pensado para determinadas horas ou determinados dias", explicou a secretária de Turismo da cidade, Paola Mar. Ela não deu mais detalhes sobre como funcionará o sistema ou se haverá cobrança de ingresso, mas garantiu que não será estabelecido um número máximo de turistas permitidos.

Se aprovada pela Câmara Municipal, a iniciativa deve começar a ser testada até o fim de 2017. A praça San Marco fica no coração do centro histórico de Veneza e está sempre repleta de turistas, independentemente da estação, além de abrigar os principais eventos do carnaval da cidade.

A proposta de controlar os acessos no local faz parte do "Projeto de governança territorial do turismo em Veneza", pacote que tem o ambicioso objetivo de "revolucionar" a cada vez mais difícil relação entre os moradores locais e a massa de viajantes que invade a capital do Vêneto todos os anos.

O documento define as diretrizes para a utilização de tecnologias de contagem de pessoas e de reservas online e prevê uma campanha de comunicação para sensibilizar turistas sobre o decoro na Lagoa de Veneza – são frequentes as reclamações sobre forasteiros se atirando nos canais, jogando lixo no chão ou urinando em vias públicas.

Os anúncios devem ser estrelados pela esgrimista paralímpica Bebe Vio e pela cantora Elisa. "Finalmente chegamos a esse documento, ao fim de um intenso trabalho de democracia participativa", declarou Mar.

Segundo ela, já há um acordo informal com o Ministério dos Bens Culturais para tornar esse projeto um modelo a ser adotado por outras cidades turísticas, como Milão, Roma, Nápoles e Florença. Ao longo dos últimos meses, Veneza vem sendo palco constante de protestos contra o turismo de massa e o esvaziamento populacional.

Atualmente, seu centro histórico conta com menos de 55 mil moradores e perde mais de dois a cada dia.

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