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Presidente da região da Lombardia, norte da Itália, cobra governo por obras da Expo 2015

O presidente da região italiana da Lombardia, Roberto Maroni, disse que existe o risco de a Expo Milão 2015 – megaevento que acontece entre 1º de maio e 31 de outubro – começar com as obras ainda incompletas. Os trabalhos para a Exposição Universal estão paralisados desde o último mês de maio, após a prisão de políticos e responsáveis pela feira supostamente envolvidos em um esquema de corrupção.

Maroni, que pertence à legenda de extrema-direita Liga Norte, cobrou do governo chefiado pelo premier centro-esquerdista Matteo Renzi, a aprovação de um prometido decreto que dará mais poderes para a Autoridade Nacional Anticorrupção investigar irregularidades nas obras. "Mas reitero que a cada dia que passa é um dia perdido e, andando desse jeito, passarão esta semana, a próxima, arriscando chegar em 30 de abril sem ter completado as obras. Mais uma vez eu convido o governo a se mexer. A Expo está bloqueada, os trabalhos estão bloqueados", afirmou.

O Partido Democrático (PD), liderado por Renzi, qualificou as declarações do presidente da Lombardia de "surpreendentes" e acrescentou que as dificuldades da Expo nascem "principalmente da má gestão" da infraestrutura da região. "Pedimos a Maroni para criar menos polêmicas e arregaçar as mangas para fazer rápido e bem aquilo que lhe compete", diz uma nota divulgada pela sigla.

O caso

No início de maio, a polícia prendeu o diretor de planejamento e aquisições da Expo 2015, Angelo Paris, o senador Luigi Grillo (Forza Italia), o empresário Enrico Maltauro, entre outras pessoas. Eles são acusados pela Procuradoria de Milão de criar uma "verdadeira cúpula para condicionar compras e contratos", alguns deles relacionados à exposição e à construção dos seus pavilhões. O esquema teria começado há mais de um ano e meio

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