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Primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi disse que pagou a “Ruby” para ela não se prostituir

Berlusconi disse aos jornalistas que o esperavam à porta do tribunal de Milão, onde foi ouvido no âmbito do processo Mediaset, no qual é acusado de fraude fiscal, que a então adolescente lhe disse que precisava de 60 mil euros.

Além de negar ter mantido relações sexuais com 'Ruby', o primeiro-ministro de Itália recusou a acusação de abuso de poder, negando ter telefonado às autoridades para libertarem a jovem, detida por roubo, alegando que ela era sobrinha do então presidente egípcio Hosni Mubarak.

O chefe do governo italiano aproveitou também a ocasião para lançar fortes críticas à magistratura do país.

"Há uma magistratura que trabalha contra a Itália", declarou, antes de entrar na sala de audiências, de acordo com a agência noticiosa francesa AFP.

Berlusconi considerou ser necessário reformar a justiça italiana para evitar que "se torne numa arma de luta política".

No processo Mediaset, Berlusconi é acusado de ter inflacionado artificialmente os preços dos direitos de difusão de filmes, comprados por sociedades fantasmas que pertenciam ao primeiro-ministro, na revenda ao império audiovisual Mediaset, do qual Berlusconi também é proprietário.

O grupo teria assim criado contas no estrangeiro e reduzido os lucros em Itália para pagar menos impostos. O processo foi suspenso em Abril de 2010 após a adopção, um mês antes, de uma lei que atribuiu imunidade penal durante 18 meses a Berlusconi e que foi parcialmente anulada em Janeiro.

A primeira audiência depois de o processo ter sido retomado realizou-se a 28 de Fevereiro.

O chefe do governo italiano está implicado em três outros processos: os casos Rubygate, Mediatrade e Mills.

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