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Itália quer aumentar impostos sobre cigarros e absorventes

O projeto de Lei Orçamentária para 2024 aprovado na semana passada pelo gabinete da premiê da Itália, Giorgia Meloni, prevê o aumento dos impostos sobre cigarros, mas também sobre produtos de higiene feminina, leite em pó e comida para bebês.

Segundo o texto, que ainda precisa passar pelo Parlamento, a medida comportará um aumento de cerca de 10 a 12 centavos de euro no valor do maço de cigarros, enquanto o governo busca aumentar a arrecadação para financiar promessas de campanha e limitar o déficit nas contas públicas.

O Executivo também vai elevar os impostos sobre o tabaco picado, cujos preços podem subir até 30 centavos por embalagem.

Ao mesmo tempo, a Lei Orçamentária estabelece que a alíquota do imposto de valor agregado (IVA) sobre produtos para a infância, como leite em pó e papinhas para bebês, passe de 5% para 10%, apesar das promessas do governo Meloni de estimular a natalidade para reverter a tendência de queda populacional do país.

O mesmo valerá para absorventes e coletores menstruais. Por outro lado, o projeto adia mais uma vez o início da cobrança dos impostos do plástico e do açúcar, criados em 2020, mas que nunca entraram em vigor.

O primeiro incidiria sobre produtos de plástico de uso único, e o segundo, sobre refrigerantes.

“Diante dos dados alarmantes sobre a queda da natalidade na Itália, o governo deveria ir na direção oposta, ou seja, apoiar as famílias com filhos”, disse o presidente da Associação Nacional dos Consumidores (Assoutenti), Furio Truzzi. Em 2022, o país teve menos de 400 mil nascimentos pela primeira vez na história.

“É absurda e incompreensível a enésima prorrogação dos impostos do plástico e do açúcar, que teriam garantido recursos para os caixas do Estado para apoiar o meio ambiente e as novas gerações”, acrescentou Truzzi.

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