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Senado da Itália recusa duas moções de desconfiança contra o primeiro-ministro italiano Matteo Renzi

O Senado da Itália recusou duas moções de desconfiança contra o primeiro-ministro Matteo Renzi.   

A primeira havia sido apresentada pelo Movimento 5 Estrelas (M5S), principal partido de oposição do país, e teve 96 votos a favor e 183 contra. Já a segunda, dos conservadores Força Itália (FI) – de Silvio Berlusconi – e Liga Norte, foi rechaçada por um placar de 93 a 180.   

As moções de desconfiança foram motivadas pelo escândalo que derrubou a ministra do Desenvolvimento Econômico Federica Guidi, acusada de agir para favorecer as empresas do namorado, Gianluca Gemelli, que atua no setor petrolífero.   

Segundo a Promotoria de Potenza, no sul da Itália, ele cometeu tráfico de influência ao usar sua relação com a companheira para obter favores da petrolífera francesa Total. Para os investigadores, o empresário queria ser incluído na lista de prestadores de serviços da multinacional, o que lhe renderia subcontratos milionários.   

Em troca, ele teria prometido a Giuseppe Cobianchi, dirigente da Total na Itália, convencer Guidi a inserir na Lei de Estabilidade de 2015 uma emenda que simplificasse a implantação do projeto Tempa Rossa, um grande depósito de petróleo situado na província de Potenza.   

O poço será explorado pelo grupo francês, que prevê produzir cerca de 50 mil barris por dia. A emenda acabou sendo aprovada, com a assinatura da poderosa ministra para as Relações com o Parlamento Maria Elena Boschi, braço direito de Renzi. Por conta disso, a oposição acusou todo o governo de estar envolvido no escândalo, apresentando as moções de desconfiança.   

A vitória do primeiro-ministro nesta terça já era prevista, mas seus adversários têm usado essa tática para tentar desgastar seu gabinete. Em janeiro, o governo Renzi já havia enfrentado uma moção de desconfiança do M5S, do FI e da Liga por conta do salvamento de um banco que tinha Boschi como acionista.   

Em caso de derrota, seu gabinete cairia, fazendo com que o presidente da República encarregasse outra pessoa de formar um governo ou convocasse novas eleições. "Vocês tentam nos mandar para casa sem estar convencidos [da vitória] por duas razões: ou porque gostam de perder, ou porque querem utilizar o Senado como uma caixa de ressonância, uma bandeirinha a ser levantada nos talk shows", declarou Renzi antes da votação. (Fonte: Ansa)

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