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União Europeia atinge 80% de meta de estocagem de gás natural

A União Europeia (UE) anunciou que já atingiu uma média de 80% da meta de estocagem de gás natural, uma medida que tem como objetivo evitar uma crise de abastecimento durante o inverno no bloco.

“Já atingimos uma média na União Europeia de 80% de enchimento da estocagem, então basicamente já atingimos o valor acordado para este ano”, declarou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, na Cúpula de Segurança Energética do Mar Báltico em Copenhague.

Segundo dados da Gas Infrastructure Europe (GIE), plataforma de monitoramento da UE, as reservas de gás do bloco estão em 79,94%. A previsão da UE para atingir a meta era em 1º de novembro.

Para von der Leyen, esta é “uma boa notícia” para reduzir a dependência da Rússia. “Precisamos nos afastar dos combustíveis fósseis russos e conseguir fontes confiáveis, principalmente para encher os nossos armazéns”, acrescentou.

De acordo com von der Leyen, a dependência da UE pelo gás russo só acabará se houver um investimento maciço em energias renováveis. Ela explicou ainda que propôs aumentar mais a meta da UE para as energias renováveis até 45%”.

“Os preços da energia batem recorde após recorde. As consequências para as famílias e as empresas não são sustentáveis. Devemos enfrentar este problema juntos e urgentemente”, escreveu a líder da Comissão Europeia no Twitter.

No final de março passado, a Comissão Europeia propôs uma obrigação mínima de 80% de armazenamento de gás na UE para o próximo inverno, até o início de novembro, para garantir fornecimento energético. O percentual deverá chegar aos 90% nos anos seguintes.

A Itália, por sua vez, atingiu a meta de preencher 80% de seus estoques de gás natural até o fim de agosto no último dia 24. Até o início da guerra na Ucrânia, cerca de 40% do gás consumido no país era importado da Rússia, mas esse número caiu para 25% graças a acordos com outras nações produtoras, como Angola, Argélia, Azerbaijão e República do Congo.

Para o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, citado pela TASS, apenas “sanções relacionadas a aspectos tecnológicos” por parte do Ocidente estão dificultando o fornecimento de gás russo à Europa.

O russo enfatiza ainda que as ações europeias são “difíceis de entender e impossíveis de explicar”, obrigando os cidadãos “a pagar por elas”.

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