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Henrique Pizzolato diz que “política é suja” e que fuga para a Itália foi sobrevivência

Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, esteve na delegacia La Spezia, na Itália, para buscar os documentos que haviam sido apreendidos no começo do ano. Em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", Pizzolato disse que "a política é suja". Ao falar especificamente sobre do mensalão, ele acusa a oposição de querer "tomar o poder". Pizzolato reforça que é inocente e não perde uma noite de sono.

– Não fiz mal algum. Temos todas as provas no processo. Não foi um processo pela Justiça. A política é suja e sempre foi assim. Não se pode prender uma pessoa, destruir uma família para ter mais poder – falou ao Estado. Ele afirmou que se sente vítima da "má Justiça do Brasil" e que a "liberdade de imprensa não pode confundir com a liberdade de calúnia".

Pizzolato fugiu do Brasil em setembro de 2013 e foi para a Itália com um passaporte italiano falso no nome do irmão. O ex-diretor do BB foi preso em Maranello, no Norte da Itália, em 5 de fevereiro. Ficou preso até 29 de outubro, quando a Corte de Bolonha negou o pedido do Brasil para extraditar o condenado no processo do mensalão.

Ao falar do mensalão, ele responsabilizou a oposição, que queria, segundo ele, "tomar o poder". – Não estavam satisfeitos que um trabalhador, como Lula, estivesse no poder – declarou ao jornal. Aposentado, Pizzolato diz que vive de previdência privada.

Sobre a reeleição da presidente Dilma Rousseff, ele apenas comentou que o "Brasil, de pouco a pouco, andará adiante".

Pizzolato falou que fugiu para se salvar e que era a "sobrevivência". – Eu não prejudiquei ninguém.

Encontrei uma maneira de proteger a minha vida. A Justiça tarda, mas vem . Não tenho vocação de ser herói – disse ao jornal. Pizzolato declarou ainda que é um homem feliz, realizado e não perde uma noite de sono.

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