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Fórmula 1: Mais uma disputa nos bastidores criada por Max Mosley

A reunião entre o presidente da Federação Internacional de Automobilismo, Max Mosley, e os donos e presidentes das escuderias de Fórmula 1, ontem, 15/05, para tratar da temporada 2010 e da nova regra que o dirigente, arbitrariamente, quer impor, foi mais um fracasso.

 

Mosley está percebendo que está perdendo espaço na principal categoria do automobilismo, e desde o começo do mundial 2009 vem testando sua força frente à Formula One Teams Association, Fota, mas vem acumulando uma derrota atrás da outra nos bastidores.

 

Primeiro foi com a tentativa de mudança da decisão do campeonato de pilotos uma semana antes do Grande Prêmio da Austrália, deste ano, que abriu as competições, quando decidiu que o campeão seria declarado pelo número de GPs vencidos e não, necessariamente, por ter feito mais pontos.

 

As equipes se basearam nas leis que regem o esporte e fizeram-no voltar atrás, pois para alteração de regulamento com tão pouco tempo antes do primeiro GP a decisão tem que ser aceita de forma unânime pelos times, o que não ocorreu.

 

A segunda não foi ainda de forma definitiva, mas o desenho já está pronto.

 

Mosley quer criar dois regulamentos para o próximo campeonato, um para quem aceitar o "budget" de 40 milhões de libras, outro para quem não aceitar. Ou seja, para quem ficar dentro dos gastos estipulados por ele terá caminho livre para testes de motores, de aerodinâmica e para fazer a evolução natural dos monopostos, mas quem não aderir terá que acatar uma série de limitações mecânicas.

 

A Ferrari, através de Luca di Montezemolo, já afirmou que se as regras criadas forem realmente colocadas em prática a "cavallino rampante" não disputará a próxima temporada, na sequência a Renault se uniu aos italianos e afirmou também que estará fora.

 

A declaração oficial da FIA era de que a Fórmula 1 continuaria a existir sem a escuderia da Itália, mas a preocupação aumentou com a possibilidade, também, da saída dos franceses e foi chamada uma reunião às pressas, onde o dirigente tentou, sem sucesso, fazer com que fossem aceitas suas decisões.

 

No final da reunião o detentor dos direitos da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, que tentou mediar as conversas, ainda declarou "a chave da Fórmula 1 é a Ferrari, estão aqui há 60 anos", demonstrando que para a segunda derrota de Max Mosley só falta o anúncio.

 

A pergunta que fica é: Max Mosley quer fazer uma Fórmula 1 com Force India, Toro Rosso e outras pequenas e esquecer as grandes? Então que ressuscite a Forti Corsi e outras que lhe deram "bastante" prestígio.

 

Caso Ferrari x FIA

 

A Ferrari entrou com uma ação judicial na corte francesa contra as regras criadas pelo presidente da FIA, Max Mosley, para a próxima temporada. De posse da informação Mosley declarou que "a Fórmula 1 já resistiu a morte do Senna…nenhum compromisso, o teto do "budget" não será mudado".

 

Em resposta Montezemolo afirmou "se não há acordo sobre os princípios básicos de uma competição é inútil discutir".

 

O júri francês tem até dia 19 de maio, próxima terça-feira, para dar o veredicto final, pois 10 dias depois terminará o prazo de inscrições para o próximo mundial.

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