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Agência da ONU denuncia crescimento do xenofobismo na Itália

A incidência da discriminação e da violação dos direitos humanos fundamentais dos imigrantes é "evidente e crescente na Itália", afirmou um relatório do Comitê de Especialistas da Organização Internacional do Trabalho (OIT), agência da Organização das Nações Unidas (ONU).

"No país seguem existindo o racismo e a xenofobia, inclusive contra aqueles que pediram asilo e os refugiados", disse o relatório, cujo conteúdo foi antecipado pelo jornal italiano La Repubblica.

 

A OIT solicita ao governo italiano "intervir eficazmente para contrastar o clima de intolerância e garantir a tutela dos imigrantes, qualquer que seja seu estatuto", ou seja, independentemente do fato de estarem legalmente ou não no país.

Este tipo de relatório é elaborado anualmente pelo Comitê de Especialistas da OIT para avaliar a aplicação das normas nos países membros da ONU que assinaram as convenções internacionais do setor.

Em seu documento, a OIT cita informações colhidas pelo Comitê para a Eliminação da Discriminação Racial, organismo do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, segundo o qual na Itália se registram "graves violações dos direitos humanos dos trabalhadores vindos da África, Leste Europeu e Ásia".

Aos "maus tratos, baixos salários, horários excessivos e situações de redução à escravidão" que sofrem os imigrantes, afirma o organismo, somam-se os "contínuos debates racistas e xenofóbicos, essencialmente contra os imigrantes não-europeus, os discursos inspirados no ódio contra os estrangeiros e os maus tratos por parte da polícia com os rom, especialmente os que vêm da Romênia". 

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