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Itália não pode ficar sozinha em crise migratória, diz Macron

O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou, ao chegar à reunião do Conselho da Europa, na Islândia, que se encontrará com a premiê italiana, Giorgia Meloni, e que a Itália precisa de ajuda na questão do aumento dos fluxos migratórios.

“Sim, vou vê-la [Meloni] aqui. Teremos a oportunidade de continuar a debater. Espero poder colaborar com o governo italiano porque não se pode deixar a Itália sozinha perante essa pressão”, disse.

Segundo o mandatário francês, é preciso “acolher quem vem de países em guerra e atuar contra os traficantes” de pessoas. “É preciso solidariedade europeia e eficácia nas nossas fronteiras comuns”, acrescentou em conversa rápida com os jornalistas em Reykjavik.

Dados oficiais do Ministério do Interior da Itália mostram que 45.509 pessoas chegaram pelas rotas do Mar Mediterrâneo até a manhã desta terça-feira, número três vezes maior do que no mesmo período em 2022, quando chegaram 15.004 migrantes. Já em 2021, as chegadas foram ainda menores, com 13.168 pessoas.

A fala de Macron também tenta atenuar o clima tenso vivido entre os dois governos quando o assunto é migrações.

O ministro francês do Interior, Gérard Darmanin, e a líder do partido de Macron, Stéphane Séjourné, fizeram duras críticas públicas às medidas adotadas por Meloni desde que assumiu o poder, em outubro do ano passado, o que ocasionou inclusive o adiamento de uma viagem do chanceler italiano, Antonio Tajani, à França para debater o tema.

Os franceses usaram termos como “desumana” e “incapaz” para referirem-se à primeira-ministra italiana. Paris tentou acalmar a situação, dizendo que a postura não refletia o pensamento do governo, mas nenhum dos dois chegou a pedir desculpas aos italianos – o que irritou a base de Meloni.

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