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Governo italiano divulga plano econômico para 2014

O Conselho dos Ministros da Itália, presidido pelo premier Matteo Renzi, aprovou o Documento de Economia e Finanças (DEF) de 2014, instrumento por meio do qual é programada toda a política econômica do governo para o ano.

O texto também delineia o plano de reformas do primeiro-ministro, que inclui o corte de 10 bilhões de euros (R$ 30 bilhões) em impostos. Como já estamos em abril (o documento deve ser votado pelo Parlamento no dia 17), a redução em 2014 será de 6,7 bilhões de euros (R$ 20,3 bilhões).

Segundo Renzi, essa perda na arrecadação será compensada com a diminuição de 4,5 bilhões de euros (R$ 13,6 bilhões) nas despesas públicas, enquanto os 2,2 bilhões de euros (R$ 6,7 bilhões) restantes virão do aumento das receitas com o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) e da elevação da taxação sobre o processo de reavaliação das cotas do Bankitalia, o banco central italiano.

Um projeto de lei apresentado no final do ano passado aumenta de 300 mil euros (R$ 900 mil) para 7,5 bilhões de euros (R$ 22,5 bilhões) o valor da instituição, cuja maior parte das ações está nas mãos de entidades bancárias privadas. De acordo com o plano divulgado pelo premier, os donos desses papéis pagarão mais tributos quando a recapitalização for concluída.

Já o corte de 10 bilhões de euros será alcançado por meio da redução do Imposto de Renda para Pessoas Físicas (Irpef, na sigla em italiano) para aqueles que ganham menos de 1,5 mil euros (R$ 4,5 mil) por mês.

A medida vai proporcionar um alívio de mil euros por ano (R$ 3 mil) para essa parcela da população. "Colocar 80 euros por mês no bolso de quem ganha 1,5 mil euros é restituir aos italianos um mínimo de esperança e confiança. É uma passagem decisiva", afirmou Renzi.

Segundo o primeiro-ministro, o objetivo do governo é continuar reduzindo taxas, para chegar a uma desoneração de 17 bilhões de euros (R$ 51 bilhões) em 2015 e de 32 bilhões de euros (R$ 96 bilhões) em 2016. No entanto, durante a coletiva de imprensa de apresentação do plano, o premier disse que a iniciativa ainda vai se manifestar "fragilmente" sobre o crescimento da economia italiana em 2014.

O governo prevê uma expansão de 0,8% no Produto Interno Bruto (PIB) para este ano, enquanto o desemprego deve fechar em 12,8% — atualmente está em 13%. Apenas em 2017 o índice ficará abaixo dos 12%, de acordo com as previsões do Conselho dos Ministros.

Matteo Renzi também anunciou nesta terça-feira um limite para os salários dos gestores públicos, que a partir de agora não poderão ganhar mais do que 238 mil euros (R$ 714 mil) por ano. Em outras palavras, nenhum funcionário do governo receberá mais do que o presidente da República, Giorgio Napolitano. Essa intervenção vai proporcionar uma economia de 350 milhões a 400 milhões de euros (de R$ 1,05 bilhão a R$ 1,2 bilhão).

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