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Polêmicas e dor pela morte das crianças que viviam em assentamento em Roma

O tema das condições de vida de milhares de imigrantes que vivem nos subúrbios das grandes cidades italianas desencadeou uma forte polêmica no pais, após a morte em um incêndio de quatro irmãos ciganos de origem romeno, entre quatro e 11 anos, em um assentamento clandestino às portas de Roma.

A tragédia ocorreu em um barraco de lata e madeira no bairro Tor Fiscale, enquanto as quatro crianças (três meninos e uma menina) dormiam. Parece que o incêndio começou depois que os pais – ausentes no momento da tragédia, acenderam uma fogueira na tentativa de proteger as crianças do frio intenso destes dias em Roma.

Os pais de Raul Mircea, Fernando, Patricia e Sebastian foram visitados no necrotério pelo presidente da República, Giorgio Napolitano.

Os pais estão sendo indiciados por negligência infantil. 

A Câmara dos Deputados lembrou a morte das crianças e fez um minuto de silêncio. O vice-presidente da Casa, Rocco Buttiglione, disse que a morte das crianças é fruto da incapacidade política de encontrar um lugar e um espírito de acolhimento. "Histórias comuns de degradação, como esta, não devem se repetir", frisou ele.

"A emergência dos nômades deve ser uma prioridade", disse ainda Napolitano, precisando que "estes assentamentos degradados e inseguros devem ser transferidos rapidamente para lugares estáveis e dignos".

O prefeito da capital, o direitista Gianni Alemanno, responsabilizou pela tragédia "a maldita burocracia, que emperra o plano para resolver a situação dos nômades. Nós já tínhamos alertado do perigo destes campos ilegais, exigindo um rápido desmantelamento de todos eles".

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