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Presidente italiano, Sergio Mattarella, pede união em discurso no Parlamento Europeu

O presidente da Itália, Sergio Mattarella, fez seu primeiro discurso no Parlamento Europeu e pediu para que os países da União Europeia fiquem "unidos" e tenham "senso de responsabilidade" para enfrentar tanto o terrorismo com a crise imigratória.

"A Europa nasceu da solidariedade, fruto de ex-inimigos da Guerra Fria. Isso agora não basta mais. O que a Europa vive hoje pede mais responsabilidade, mais iniciativa, um pouco mais de coesão. Só assim poderemos vencer os desafios arrogantes que o terrorismo traz para dentro de nossas casas, após ter ensanguentado as terras do Oriente Médio, Ásia e África", destacou o mandatário.

Segundo Mattarella, esse "é um momento particularmente dramático para nós" e que "só com mais união entre os Estados conseguiremos derrotar o terrorismo". "A Europa está ferida.

Bruxelas, Copenhague, Londres, Madri, Paris são algumas lacerações, dolorosas e incanceláveis, sobre o corpo da nossa União", destacou.

Ao lembrar dos recentes atentados de Paris, ocorridos no dia 13 de novembro, o italiano destacou que seu país também perdeu uma "cidadã exemplar" ao se referir a jovem Valeria Solesin, 28 anos, que morreu no ataque a casa de concertos Bataclan. O mandatário reforçou seu compromisso de "solidariedade total e incondicional à França" após o episódio e destacou que "nenhum país pode enfrentar essa crise sozinho".

Outro ponto abordado pelo líder italiano foi a crise imigratória que os países europeus enfrentam e disse que o episódio "repete a tragédia dos judeus fugindo do nazismo", ressaltando que "só não vê quem não quer" como esse problema é grave.

De acordo com o mandatário, as respostas para resolver todos essas questões "não são simples" porque corre-se o risco de "desrespeitar os direitos humanos" ao tomá-las. Mattarella destacou ainda as leis de livre circulação de pessoas pela Europa e dos pedidos de refúgio.

"A Europa precisa atualizar suas regras. [O acordo de] Dublin fotografa um passado que não existe mais. Agora são necessárias regras para respeitar os princípios de humanidade e de segurança, de solidariedade e responsabilidade. A escolha é entre uma Europa que enfrenta os fenômenos buscando governar e uma Europa que irá sofrer", finalizou.

Mattarella manteve a postura adotada pelo primeiro-ministro, Matteo Renzi, pedindo uma União Europeia mais aberta e mais humana e que não construa muros contra os imigrantes como outras nações do bloco fizeram.

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