O papa Bento XVI refletiu sobre o título de rei concedido a Jesus Cristo e o "poder no sentido cristão", que segundo ele "nunca se impõe e sempre respeita a liberdade".
Durante o Angelus deste domingo, realizado na Praça São Pedro, no Vaticano, o Pontífice disse que o sinal "paradoxal" do poder de Jesus é a Cruz, que representa "a vitória da vontade do amor de Deus Pai sobre a desobediência do pecado".
Segundo Bento XVI, "no centro deste percurso de revelação da realeza de Jesus Cristo está mais uma vez o mistério de sua morte e ressurreição".
"Enquanto Filho de Deus, Jesus se entregou livremente à paixão, que significa a vitória do amor de Deus Pai sobre a desobediência do pecado. É se oferecendo no sacrifício de expiação que Jesus se torna o Rei do Universo", complementou.
O poder de Jesus, enfatizou o Papa, "não é o [poder] dos reis e grandes deste mundo", e sim "o poder do amor, que sabe extrair o bem do mal, comover um coração endurecido, levar a paz ao conflito mais áspero e acender a esperança na escuridão mais intensa".
"Este Reino de Graça não se impõe, mas respeita sempre a nossa liberdade. Cristo veio para dar testemunho da verdade", disse.
Ele também chamou a atenção para a necessidade de que cada pessoa faça sua opção. "Escolher Jesus Cristo não garante sucesso segundo os critérios do mundo, mas assegura a paz e a alegria que somente Ele pode dar", ponderou.
