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Governo italiano lança plano contra a pobreza que avança no país

Dentro das medidas anunciadas pelo Conselho de Ministros, na fase dois do plano ação-coesão, o crescimento e a equidade continuam prioritárias. Intervenções também para empresas e a pesquisa; 18 mil vagas a mais em creches, € 400 milhões para infância. Duas medidas para o mercado editorial. Fornero: mais serviços domiciliares para os idosos não autossuficientes. Riccardi: frágeis e vulneráveis. Premier Mario Monti frisou que as medidas foram exigidas pela sociedade, não pelos partidos 

Outra intervenção de "peso" é para a promoção e desenvolvimento de empresas e a pesquisa (€ 740,7 milhões).

"O governo decidiu as medidas apresentadas não porque foram solicitadas pelos partidos, mas porque foram uma exigência da sociedade italiana", disse o premier italiano Mario Monti. "Não é uma mudança de rota ou de ritmo, porque a atenção na equidade e no crescimento já estavam incorporadas nas decisões mais duras que propusemos com a participação do Parlamento e dos partidos políticos", acrescentou o primeiro-ministro.

A fase dois do Plano de Governo de ação-coesão disponibiliza fundos subutilizados ou alocados em intervenções ineficazes ou obsoletas, gerenciados pelo governo central, por um total de € 2,3 bilhões. Destes, € 730 milhões serão destinados ao cuidado das crianças (€ 400 milhões) e idosos não autossuficientes (€ 330 milhões).

O governo não poderia existir sem o apoio dos partidos no Parlamento, mas não fará coisas nas quais não acredita se os partidos pedirem, e nem desistirá de fazer outras só porque os partidos não desejam, acrescentou.

Em uma coletiva de imprensa, Monti retomou a questão do combate à evasão fiscal "de proporções nunca vistas no passado". O chefe de governo lembrou que essas medidas, junto com a "introdução de outras para preservar a indexação das pensões mais baixas, ou às intervenções na estrutura do IMU (Imposto Municipal Único) em respeito à política familiar", testemunham aqueles que são os objetivos do governo e que "nesta fase atual será possível especificar melhor".

Além do plano de proteção das crianças, jovens e idosos, a fase 2 inclui o combate à pobreza: "O plano contra a 'vulnerabilidade'' decidido pelo governo prevê a reprogramação dos fundos para o sul do país e um investimento nas regiões da Sicília, Calábria, Puglia e Campania de € 850 milhões. Outros € 167 serão alocados para a intervenção ao nível nacional," informou o ministro Fabrizio Barca.

O Conselho de Ministros também deu sinal verde a duas medidas relacionadas ao setor editorial: um decreto que reorganiza as contribuições no setor; e um projeto de lei que redefine o apoio legislativo a este mercado.

As famílias italianas se tornaram "frágeis e vulneráveis", observou por sua vez o ministro da Integração, Andrea Riccardi. "Dentro da crise há outra crise, que é uma crise humana: a escassez crescente de redes sociais e humanas, além da escassez de vínculos afetivos. Há um empobrecimento e enfraquecimento da família, e muitas das dificuldades da crise são descarregadas sobre ela, que está estressada".

O plano de governo visa dar apoio às famílias e melhorar o atendimento de idosos fragilizados que perderam a autossuficiência, complementa a ministra do Trabalho, Elsa Fornero, que lembrou que no país uma parte significativa dos gastos sociais se destina às pensões, mas muito pouco à falta de autonomia.

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