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Chegada de migrantes à Itália despenca 80% em 2018

O número de migrantes que atravessaram o Mediterrâneo Central em 2018 para desembarcar na Itália caiu 80% em comparação a 2017, chegando a 23 mil pessoas, revelou um balanço da Agência Europeia de Proteção de Fronteiras e Costeira (Frontex).

De acordo com a entidade, 150 mil refugiados entraram na União Europeia por meio de travessias irregulares do Mediterrâneo. A cifra é a mais baixa dos últimos cinco anos, 25% inferior a 2017 e 92% menor do que o 1 milhão contabilizado em 2015, ano do ápice da crise migratória.

Além disso, a Frontex revelou que a Líbia, principal rota para chegar ao país da bota, teve uma queda de 87% no número de saídas de embarcações. A Espanha, por sua vez, substitui a Itália e se tornou o principal destino dos desembarques de migrantes que atravessam o Mediterrâneo. Segundo o relatório, as chegadas ao território espanhol de Marrocos duplicaram para 57 mil. Também subiu a 56 mil o número de chegadas a Grécia e Chifre.

A chegada de migrantes à Itália já vinha caindo drasticamente desde meados de 2017, quando o governo anterior passou a treinar e equipar a Guarda Costeira da Líbia, mas se acentuou com a posse de Matteo Salvini no Ministério do Interior, em junho de 2018.

O secretário da Liga fechou os portos do país para migrantes resgatados no mar e elaborou um decreto que restringe a concessão de proteção humanitária. Pedidos de Asilo – O endurecimento das políticas migratórias pelo governo de coalizão da Itália tem surtido efeito também nos pedidos de asilo. Em dezembro, foram realizadas solicitações por 2.753 migrantes (2.139 homens, 614 mulheres e 61 menores desacompanhados), 27% a menos que os 3.784 em novembro. Pelo contrário, as recusas aumentaram. Ao todo, foram 5.870, um total de 82%. O status de refugiado foi reconhecido apenas para 10% dos requerentes de asilo, enquanto que a proteção subsidiária foi atribuída a 5%. O cancelamento da proteção humanitária após a aprovação do Decreto Salvini obstruiu o que se tornou a principal forma de obter uma autorização de residência dos requerentes de asilo. Entre os principais estão os paquistaneses (790), seguidos dos nigerianos (209), bengalis (197), ucranianos (136) e senegaleses (111).

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