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Italiano Roberto Colaninno, presidente da Piaggio, morre aos 80 anos

Considerado um dos principais empresários da Itália, Roberto Colaninno, presidente e diretor administrativo do grupo Piaggio, morreu em sua casa em Mântua, poucos dias após completar 80 anos.

A informação foi revelada por fontes próximas à família do executivo.

A causa da morte não foi revelada até o momento. Ele deixa esposa e dois filhos, Matteo e Michele. De acordo com relatos preliminares, o funeral de Colaninno será realizado em uma cerimônia privada em Mântua. O italiano, que era também presidente da Immsi, empresa financeira familiar, havia feito aniversário no último dia 16 de agosto.

“A vida de Pontedera e a da marca Piaggio estão intimamente ligadas por uma história extraordinária conhecida em todo o mundo. É por isso que a morte de Roberto Colaninno, presidente da Piaggio nos últimos 20 anos, é motivo de condolências coletivas para o cidade inteira”, lamentou o prefeito Matteo Franconi, de Pontedera, cidade em Pisa onde estão localizadas as fábricas da Piaggio.

Formado em contabilidade, Colaninno esteve no centro do cenário empresarial italiano por meio século. O empresário, cuja família era originária de Acquaviva delle Fonti, morava em Mântua há algum tempo.

Sua carreira começou em 1969 na Fiaam Filter, uma empresa italiana de componentes automotivos com sede em Mântua, da qual se tornou diretor administrativo.

Em 1981, fundou a Sogefi, empresa de componentes mecânicos também com sede na cidade italiana, enquanto que quatro anos depois assumiu o cargo de CEO da Olivetti na época de maior crise da companhia.

Na ocasião, ele anunciou que era preciso sair da informática e transformou a empresa em uma holding de telecomunicações. Em 1998, a chamada Omnitel também foi vendida por mais de 7 bilhões de euros, na época em que era a segunda operadora nacional de telefonia móvel.

No início de 1999, Colaninno lançou uma oferta pública total de compra da Telecom Italia, pagando a todos os acionistas um preço considerado justo pela Bolsa. A operação foi bem-sucedida e ele tornou-se presidente e diretor administrativo.

Após três anos, em 2002, Colaninno comprou a Immsi, nascida da cisão das propriedades da Sirti, empresa da Telecom que opera no setor de redes telefônicas, e da empresa que atua no setor imobiliário. A companhia foi transformada por Colaninno em uma holding de investimentos industriais e listadas na Bolsa de Valores.

Em 2003, por meio da Immsi, comprou ao grupo Piaggio. Ao longo dos anos a Piaggio cresceu e hoje opera com várias marcas, além das próprias: Vespa, Gilera, Scarabeo, Aprilia, Moto Guzzi, Derbi, Ape, Piaggio Commercial Vehicles.

Já em 2008, por iniciativa do ex-premiê da Itália Silvio Berlusconi, morto em junho de 2023, constituiu a Companhia Aérea Italiana (CAI), empresa que pretendia adquirir a Alitalia, da qual Colaninno era presidente. Em 2015, a CAI tornou-se acionista de 51% da nova Alitalia, com 49% nas mãos da Etihad Airways.

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