A morte de uma jovem imigrante marfinense gerou revolta por horas em um centro de primeiro acolhimento de imigrantes na comuna de Cona (CPA), na província de Veneza.
Tudo começou quando a jovem Sandrine Bakayoko, 25 anos, passou mal e os socorristas do hospital Piove di Sacco foram chamados.
Segundo os imigrantes, o pedido de socorro foi feito, mas os médicos chegaram apenas às 14h. Quando foram ao local, encontraram a mulher no banheiro já sem consciência, levando-a para o Pronto Socorro, onde ela faleceu. Fontes sanitárias, no entanto, afirmam que a equipe médica saiu do hospital logo após o chamado.
A morte de Bakayoko gerou uma revolta nos demais estrangeiros que estavam no CPA, que começaram a destruir parte do local. Os 25 funcionários do centro de acolhimento, então, se refugiaram dentro do estabelecimento e ficaram presos lá por horas. Apenas por volta das 2h desta terça-feira, eles conseguiram sair do local com a ajuda da polícia e não sofreram nenhuma agressão física.
A jovem estava aguardando a análise de seu pedido de refúgio político no CPA que, segundo informações oficiais, abriga cerca de mil imigrantes.
Em 2016, a Itália foi o país europeu que mais recebeu estrangeiros pelo Mar Mediterrâneo, que buscam refúgio no continente fugindo de guerras e longos conflitos. Até o dia 22 de dezembro, conforme dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM), pouco mais de 179,5 mil pessoas chegaram às ilhas italianas. (Ansa)