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POLÍTICA ITALIANA: Prévias da esquerda na Itália têm acusação de compra de voto

Celebradas pelo primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, como exemplo de democracia, as primárias da centro-esquerda para as eleições municipais da primavera europeia viraram motivo de polêmica devido a uma acusação de compra de votos.   

O centro da controvérsia é a cidade de Nápoles, onde, a pré-candidata Valeria Valente conquistou o direito de representar o Partido Democrático (PD) na disputa pela Prefeitura da capital da Campânia. Valente teve apenas 452 votos a mais que seu principal adversário, Antonio Bassolino, apesar de contar com o apoio quase unânime entre as lideranças da legenda, incluindo Renzi.   

Após a primária de Nápoles, o site "Fanpage" publicou um vídeo que mostra diversas irregularidades nos colégios dos bairros de Scampia, Piscinola e San Giovanni a Teduccio, como ativistas do PD supostamente oferecendo dinheiro para eleitores votarem em Valente.   

Por conta disso, Bassolino apresentou um recurso para tentar anular o pleito, mas o pedido foi rejeitado pelo partido. Seu presidente, Matteo Orfini, havia afirmado pouco antes que o resultado não estava em discussão e que "casos isolados" deveriam ser analisados separadamente.   

Já a pré-candidata vencedora pediu "esclarecimentos" sobre as denúncias, mas afirmou que seria uma "imundície" questionar uma eleição com mais de 30 mil votos por causa desses episódios.   

Entre abril e junho – as datas ainda não foram definidas -, a Itália realizará eleições em mais de 1,3 mil cidades, incluindo as mais populosas do país: Roma, Milão, Nápoles e Turim.   

Garantir a Prefeitura desses municípios é essencial para o projeto de poder de Matteo Renzi, já que um mau resultado nas urnas poderia ressuscitar as críticas sobre a legitimidade de seu governo, que não foi eleito pelo povo. (Fonte: Ansa)

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